APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

sábado, 15 de janeiro de 2011

MORTE

P: Por que morremos?
R:
A morte chegou ao mundo através do pecado.
Como se diz por aí: “A morte é o salário do pecado”.
Nós não fomos criados por Deus para morrermos, mas, pela má utilização do nosso livre arbítrio, desde os tempos de Adão e Eva, quando o ser humano quis ser independente de Deus, ou seja, ser auto-suficiente e dessa forma não precisar de Deus. E mais, quis ser como o próprio Deus, aí recaiu sobre a humanidade o pecado. E como consequência disso , a morte.
Dessa forma a morte é a única certeza absoluta que temos do nosso futuro; pois todos iremos morrer um dia.
Muitas pessoas culpam Deus pela morte de um ente querido, de um familiar etc. Principalmente quando acontece uma tragédia. Normalmente falam: “Por que Deus fez isso comigo? Por que Deus tirou a vida de fulano ou fulana?” E por aí em diante. Essas pessoas é claro muitas vezes falam isso num momento de tristeza profunda ou mesmo de grande emoção, sem pensarem muito no que estão falando, pois Deus não tem culpa da nossa morte. Ele não queria que morrêssemos. Fomos nós, como acabei de falar acima, que procuramos a morte, quando resolvemos nos rebelar contra o amor de Deus, e pecamos.
Dessa forma, não adianta lutar contra a morte. E sim, aceitá-la.
Não devemos ter medo de morrer, mas sim, medo de não vivermos de acordo com os ensinamentos de Jesus , pois se assim o fizermos corremos o risco de quando morrermos não termos direito de irmos para o paraíso. Esse sim deve ser o nosso receio. O que torna a morte má? O pecado. Então é ele que devemos evitar! E assim, não temer a morte.
Para nós cristãos católicos, a morte deve ser encarada com naturalidade, pois é o momento em que partimos dessa vida, que é passageira, para nos encontrarmos definitivamente com Deus, face a face, como nos diz São Paulo.
É através da nossa morte que nascemos para a vida eterna, na plenitude da felicidade, ao lado de Deus.
A nossa vida pode ser comparada a um grão, que para crescer e se tornar uma grande árvore, tem, antes, que secar, ser enterrado na terra e aí sim, brotar, crescer e frutificar. O ser humano é parecido, pois precisa morrer, para nascer e florescer na vida eterna, no paraíso celeste, junto aos anjos e santos de Deus e vendo-o face a face. Aí conheceremos a plena felicidade, pois tudo o que sonhamos de perfeito, de santo, de alegria, de plena realização e de felicidade plena e completa, nós encontraremos após a nossa morte, quando estivermos no céu, ao lado da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora, de todos os anjos e santos de Deus.
Por isso queridos amigos e amigas, ao invés de terem medo da morte, cuidem bem de suas vidas para vivê-las de acordo com os ensinamentos de Jesus, baseadas no amor ao próximo e na justiça. Assim podem ter certeza que a felicidade de vocês será plena, no paraíso.
Fiquem com Deus.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

P: O que há depois da morte?
R: A morte é consequência do pecado. “O salário do pecado é a morte” (Rom 6,23). Por isso o nosso Catecismo afirma que: “A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado”, é assim “o último inimigo” do homem a ser vencido (1 Cor 15,26). (n. 1008)
Mas, graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. “Para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21). “Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 1,11). Esta é a esperança cristã mostrada por São Paulo. O homem é formado de corpo e alma; a morte é a separação de ambos. A visão cristã da morte aparece claro na liturgia da Igreja, cheio de esperança: “Senhor, para os que creem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível”. Na ressurreição, quando Cristo voltar, na Parusia, Deus restituirá a vida incorruptível ao nosso corpo transformado, unindo-o novamente à nossa alma.
A Igreja ensina que após a morte, sobrevive a nossa alma imortal, criada à imagem de Deus, e é nela que estão as nossas faculdade, como a Inteligência, a vontade, a memória e a consciência. O nosso “eu humano” subsiste. Portanto, ninguém permanece “dormindo” após a morte. A narrativa de Jesus, mostrando a realidade após a morte do rico epulão e do pobre Lázaro, cheio de feridas, mostra esta verdade. A Carta aos Hebreus diz que “Está determinado que cada um morra uma única vez e em seguida vem o juízo” (Hb 9,27). Isto é, ninguém morrerá duas vezes, a não ser aqueles que, por milagre, foram ressuscitados.
Os que morrem na amizade de Deus e estão perfeitamente purificados, imediatamente vão para o céu e participam da visão beatifica de Deus, na companhia da Virgem Maria, dos anjos e dos santos. Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão totalmente purificados, já têm a salvação eterna garantida, mas passam depois de sua morte por uma purificação, afim de
obter a santidade necessária para entrar na alegria de Deus. (CIC §1054). É o purgatório.
Com base na “Comunhão dos santos”, a Igreja reza pelos defuntos, especialmente na santa Missa e pelas indulgências. E a Igreja lembra a seus filhos sobre a “triste e lamentável realidade da morte eterna, denominada também de “inferno” (n.1056). O sofrimento principal do inferno está na separação eterna de Deus, o único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado. No Juízo Final, toda justiça será feita. Mas, “Deus quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4).
Prof. Felipe Aquino
P: O que acontecerá conosco quando morrermos? 
R: A maior esperança cristã é esta: a vida não termina na morte, mas continua no além. E muitos perguntam “o que virá depois?”. Somente a fé católica tem resposta clara para esta questão. A Carta aos hebreus diz que “está determinado que os homens morram uma só vez e em seguida vem o juízo” (Hb 9,27). Para nós católicos, isso liquida de vez com a mentira da reencarnação, que engana tantas pessoas, e as deixa despreparadas diante da morte, acreditando neste erro, e com uma falsa idéia de salvação.

São Paulo ensinava aos cristãos de Corinto, muito influenciados pela mitologia grega que dominava a região, que “ao se desfazer esta tenda que habitamos neste mundo, recebemos uma casa preparada por Deus e não por mãos humanas, uma habitação eterna, no céu” (2Cor 5,10). Mas, Paulo não deixou de dizer que “teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito enquanto estava no corpo” (2Cor 5,10).

A Igreja nos ensina que logo após a morte vem o Juízo particular da pessoa. Diante da justiça perfeita de Deus, seremos julgados. Mas é preciso lembrar que o Juiz é o mesmo que chegou até o lenho da Cruz para que ninguém fosse condenado, e tivesse à sua disposição, através dos Sacramentos da Igreja, o perdão e a salvação que custaram a Sua Vida.

Afirma o nosso indispensável Catecismo que: “Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja através de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre” (§ 1022).



Isto mostra que imediatamente após a morte a nossa alma já terá o seu destino eterno definido: o céu, mesmo que se tenha de viver o estado de purificação antes (purgatório), ou o inferno.


Sobre o céu diz São Paulo que “o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram, e o coração do homem não percebeu, isso Deus preparou para aqueles que o amam” (1Cor 2,9). O Papa Bento XII (1335-1342), assegurou através da Bula “Benedictus Deus”, que as almas de todos os santos, mesmo antes da ressurreição dos mortos e do juízo geral, já estão no céu. A Igreja, desde o tempo dos primeiros mártires acredita, sem dúvida, que eles já estão no céu, intercedendo pelos que vivem na terra. São muitos os documentos antigos que confirmam isto.

Sobre o purgatório a Igreja também não tem dúvida, já que esta verdade de fé foi confirmada em vários concílios ecumênicos da Igreja: Lião(1245), Florença (1431-1442), Trento (1545-1563), com base na Tradição e na Sagrada Escritura (1Cor 3,15; 1Pe1,7; 2Mac 12,43-46 ).

Ensina o Catecismo que: “A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados”(§1031). As almas do Purgatório já estão salvas, apenas completam a sua purificação para poderem entrar na comunhão perfeita com Deus. Diz a Carta aos hebreus que “sem a santidade, ninguém pode ver o Senhor” (cf. Hb 12,14).

Mais do que um estado de sofrimento, o Purgatório é, ensina São Francisco de Sales, doutor da Igreja, um estado de esperança, amor, confiança em Deus, e paz, embora a alma sofra para se santificar.

Para os que rejeitarem a Deus e sua graça, isto é, que deixaram o coração endurecer, o destino será a vida eterna longe de Deus, para sempre, e junto daqueles que também rejeitaram a Deus. Jesus diz que ali haverá “choro e ranger de dentes”.

É preciso dizer aqui que Jesus foi ao extremo do sacrifício humano para garantir a todos os homens a salvação; logo, Ele fará de tudo para que ninguém seja condenado. Mas Deus respeita a liberdade de cada um, e, como disse Santo Agostinho, Ele que nos criou sem precisar de nós, não pode nos salvar sem a nossa ajuda. Ao falar do inferno, o Catecismo diz que: “Deus não predestina ninguém para o inferno; para isto é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal), e persistir nela até o fim. São Pedro diz que Deus “não quer que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se” (2Pe 3,9).


Se a lembrança do inferno trouxer medo ou insegurança ao seu coração, lembre-se daquilo que disse um dia São Bernardo, doutor da Igreja: “Nenhum servo de Maria será condenado”. Sem dúvida a Mãe de Deus saberá salvar aqueles que foram seus fiéis devotos aqui na terra. Ela é, afinal, a Mãe do Juiz!

A Igreja nos lembra ainda que na segunda vinda de Cristo, a Parusia, que ninguém sabe quando será, haverá o Juízo final ou geral. O Catecismo ensina que: “A ressurreição de todos os mortos, ‘dos justos e dos injustos'” (At 24,15), antecederá o Juízo Final” (§ 1038). O Magistério da Igreja ensina que esta será “a hora em que todos os que repousam no sepulcro ouvirão a Sua voz e sairão, os que tiverem feito o bem para uma ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal para uma ressurreição de julgamento” (Jo 5,28-29). “Então Cristo virá em sua glória e todos os seus anjos com Ele…” (Mt 25,31).

Portanto, a ressurreição dos corpos ainda não aconteceu nem mesmo para os santos. Os seus corpos ainda aguardam a ressurreição do último dia. Somente Jesus e Maria já ressuscitaram e têm seus corpos já glorificados. Quanto a este grande Dia da volta gloriosa do Senhor, a Igreja não quer que se faça especulações sobre ele; pois o próprio Cristo o proibiu. Muitos foram enganados e a fé desacreditada por muitos que ao longo dos séculos ousaram marcar a hora da volta do Filho de Deus.

Sobre isto, o Papa João Paulo II disse recentemente: “A história caminha rumo à sua meta, mas Cristo não indicou qualquer prazo cronológico. Ilusórias e desviantes são, portanto, as tentativas de previsão do fim do mundo (L’Osservatore Romano, n.17 – 25/4/98). 

Muitas vezes a Igreja já se pronunciou sobre esta questão. No Concílio ecumênico do Latrão, em 1516, assim afirmou:

“Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam afirmar ou apregoar determinada época para os males vindouros para a vinda do Anticristo ou para o dia do juízo. Com efeito a Verdade diz: “Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por Sua própria autoridade. Consta que os que até hoje ousaram afirmar tais coisas mentiram, e, por causa deles, não pouco sofreu a autoridade daqueles que pregam com retidão. Ninguém ouse predizer o futuro apelando para a Sagrada Escritura, nem afirmar o que quer que seja, como se o tivesse recebido do Espírito Santo ou de revelação particular, nem ouse apoiar-se sobre conjecturas vãs ou despropositadas. Cada qual deve, segundo o preceito divino, pregar o Evangelho a toda a criatura, aprender a detestar o vício, recomendar e ensinar a prática das virtudes, a paz e a caridade mútuas, tão recomendadas por nosso Redentor”.

Diz o nosso Catecismo: “Só o Pai conhece a hora deste Juízo, só Ele decide do seu advento. Através do seu Filho Jesus Ele pronunciará a sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação”(§ 1040).

Prof. Felipe Aquino

sábado, 1 de janeiro de 2011

NAMORO

P: Qual a importância do namoro?
R:
O namoro hoje em dia, tem uma conotação imprópria, podemos assim dizer. Pois uma fase da vida de duas pessoas que deveria ser de conhecimento, de amadurecimento da amizade, de preparação para uma vida a dois, e por isso de cultivo do respeito, do entendimento etc, está se tornando um momento de aproveitamento da ocasião para testar como ele ou ela beijam, como se comportam no sex o, ou mesmo, como uma oportunidade que um deles ou ambos encontraram de se sustentarem para conseguirem levar suas vidas infelizes nas famílias em que vivem.
Isso muitas vezes torna o namoro, um momento de infelicidade, de insegurança, de fechamento ao mundo e de oportunidade para o sexo e a convivência a dois fora do casamento, e, consequentemente sem responsabilidades e obrigações.
O namoro ao invés disso, deve ser uma fase de muita felicidade, de alegria, de boa convivência, onde os dois se respeitando, consigam com que cada um se sinta bem em estar do lado do outro. Onde comecem a se conhecerem mais profundamente: seus gostos, seus ideais de vida, seus objetivos profissionais, seus conceitos sobre família etc. O namoro então é a primeira fase de um relacionamento a dois. Fase de conhecimento um do outro. E é nas pequenas coisas que um e o outro fazem, ou reagem, ou opinam, que se vai conhecendo mais aquele ou aquela que possivelmente um dia se tornará o nosso esposo ou a nossa esposa, e com o (a) qual viverem felizes para sempre.
Existem jovens que se casam sem cumprirem as etapas normais e naturais de quem quer viver uma vida a dois para sempre. E, em questões de meses de relacionamento, resolvem se casar. Não significa que não vai dar certo esse casamento. Mas as chances de dar errado são muito grandes, pois como falamos antes, estes jovens não se conheceram bem antes de assumirem um compromisso tão sério e tão difícil, como é a vida a dois dentro do casamento, e ainda mais, se receberam o sagrado Sacramento do Matrimônio.
Por isso é importante que a fase do namoro, leve um tempo suficiente, independentemente de números de anos ideais, para que os dois se conheçam bem. E para que, a partir daí, possam ter uma certeza grande de que é com ele, ou é com ela, que eu quero viver toda a minha vida. Fazendo-o (a) feliz e ajudando-o (a) no caminho da santidade, dentro da família.
Os noivos só deveriam se casar quando tivessem a plena certeza do passo que estão dando é realmente a sua vontade para uma vida inteira.
Não existem regras para que um relacionamento de certo. Mas, existem alguns cuidados que os namorados devem estar atentos para que conheçam melhor um ao outro e para que a sua vida depois de casados tenha mais chance de dar certo. Como por exemplo:
- Como será o seu casamento se o seu namorado pertence a uma outra religião e é bastante perseverante nela, assim como você é com a sua? Será que ele vai aceitar participar das celebrações na sua Igreja e você aceitará ir na dele? Será que as suas crenças não são muito antagônicas e incompatíveis até em forma de doutrina?
- Como será o seu casamento, se o seu namorado não abre mão de jeito algum do futebol nos finais de semana e de beber nos botequins com os amigos, te deixando muitas vezes esperando por ele?
- Como será o seu casamento, se a sua namorada não abre mão de sair nos finais de semana com suas amigas e não gosta que você vá junto?
- Como será o seu casamento, se os seus pais não suportam e não aceitam o seu namorado, ou a sua namorada, de jeito algum, e nunca fizeram questão alguma de recebê-lo ou recebê-la em sua casa?
- Como será o seu casamento, se o seu namorado olha insistentemente para outras mulheres, mesmo na sua frente, sem se incomodar com o que você pensa disso, e, quando você reclama, diz que você é muito ciumenta?
- Como será o seu casamento, se o seu namorado tem um ciúme doentio de você, achando que tudo o que você faz sem a sua presença é porque tem outro homem no seu caminho e que por causa disso vocês discutem muito, sem chegar a nenhuma solução?
- Como será o seu casamento, se o seu relacionamento de namorados é só voltado para o sexo sem restrições?
- Como será o seu casamento, se no seu namoro, vocês só gostam de sair para se divertirem em noitadas, baladas etc, e se sentem chateados quando têm que ficar em casa e não sabem o que fazer ou conversar?
- Como será o seu casamento, se vocês não conversam e não gostam de se abrir um para com o outro e por isso não conseguem se conhecer bem?
- Como será o seu casamento, se ele é muito mesquinho, não aceita gastar nada e evita até de sair uma vez ou outra com você, para não gastar dinheiro?
- Como será o seu casamento, se . . .

È queridos amigos, essas e outras perguntas devem ser feitas por vocês que estão namorando ou vão namorar e desejam se casar um dia, recebendo o sagrado Sacramento do Matrimônio.
É lógico que sabemos que as pessoas podem mudar seus comportamentos e sua maneira de pensar e agir, ao longo de suas vidas, mas existem certos pontos e conceitos que se estiverem muito enraizados em um ou no outro, vindo até da formação familiar e cultural, são muito difíceis de serem mudados e por isso é necessário que os namorados tomem cuidado com essas situações.
Não querendo ser estraga prazeres, mas, muitas vezes é preferível um namoro desfeito, em que haja até o sofrimento e a tristeza de um ou de outro, e até de ambos, quando chegam a um impasse no relacionamento, do que levarem isso a frente, de qualquer forma, e a coisa complicar depois de casados.
É por isso que muitos casamentos duram muito pouco tempo. Principalmente se se sente que um dos dois, não demonstra que terá o compromisso com a vida a dois, em família.
Do mais, aproveitem essa fase de encantamento, que é o namoro. Sintam-se felizes e, tenham um verdadeiro namoro santo.

NOSSA SENHORA DA IMACULADA CONCEIÇÃO


P: Qual é a história da Imaculada Conceição ?
R: Já no princípio, quando nossos primeiros pais romperam com Deus pela soberba e desobediência, lançando toda a humanidade nas trevas, Deus misericordiosamente prometeu a salvação por meio de uma “Mulher”.
“Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3, 15).
Se foi por meio de uma mulher (Eva) que a serpente infernal conseguiu fazer penetrar seu veneno mortal na humanidade, também seria por meio de outra mulher (Maria, a nova Eva) que Deus traria o remédio da salvação.
“Na plenitude dos tempos”, diz o Apóstolo, “Deus enviou Seu Filho ao mundo nascido de uma mulher” (Gl 4,4). No ponto central da história da salvação se dá um acontecimento ímpar em que entra em cena a figura de uma Mulher. O mesmo Apóstolo nos lembra: “Não foi Adão o seduzido, mas a mulher” (1Tm 2,14); portanto, devia ser também por meio da mulher que a salvação chegasse à terra.
Para isso foi preciso que Deus preparasse uma nova Mulher, uma nova Virgem, uma nova Eva, que fosse isenta do pecado original, que pudesse trazer em seu seio virginal o autor da salvação; que pudesse “enganar” a serpente maligna, da mesma forma que esta enganara Eva.
O pecado original, por ser dos primeiros pais, passa por herança, por hereditariedade, a todos os filhos, e os faz escravos do pecado, do demônio e da morte.
O Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “O gênero humano inteiro é em Adão como um só corpo de um só homem. Em virtude desta “unidade do gênero humano” todos os homens estão implicados no pecado de Adão” (n. 404).
A partir do pecado de Adão, toda criatura entraria no mundo manchada pelo pecado original. O que fez então Jesus para poder ter Sua Mãe bela, santa e imaculada? Ele quebrou a tábua da lei do pecado original e jurou que, no lenho da Cruz, com Seu Sangue e Sua Morte conquistaria a Imaculada Conceição de Sua Virgem Mãe.
São Leão Magno, Papa do século V e doutor da Igreja, afirma: “O antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava com certa razão seu direito à tirania sobre os homens e oprimia com poder não usurpado aqueles que havia seduzido, fazendo-os passar voluntariamente da obediência aos mandamentos de Deus para a submissão à sua vontade. Era portanto justo que só perdesse seu domínio original sobre a humanidade sendo vencido no próprio terreno onde vencera” 4.
Como nenhum ser humano era livre do pecado e de Satanás foi então preciso que Deus preparasse uma mulher livre, para que Seu Filho fosse também isento da culpa original, e pudesse libertar Seus irmãos.
Assim, o Senhor antecipou para Maria, a escolhida entre todas, a graça da Redenção que seu Filho conquistaria com Sua Paixão e Morte. A Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto que Jesus conquistou com Sua morte. E Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, sem o pecado original.
Como disse o cardeal Suenens: “A santidade do Filho é causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu antes de ele mesmo aparecer no horizonte” 5.
O cardeal Bérulle explica assim: “Para tomar a terra digna de trazer e receber seu Deus, o Senhor fez nascer na terra uma pessoa rara e eminente que não tomou parte alguma no pecado do mundo e está dotada de todos os ornamentos e privilégios que o mundo jamais viu e jamais verá, nem na terra e nem no céu” (Tm, p. 307).
O Anjo Gabriel lhe disse na Anunciação: “Ave, cheia de graça…” (Lc 1,28). Nesse “cheia de graça”, a Igreja entendeu todo o mistério e dogma da Conceição Imaculada de Maria. Se ela é “cheia de graça”, mesmo antes de Jesus ter vindo ao mundo, é porque é desde sempre toda pura, bela, sem mancha alguma; isto é, Imaculada. E assim Deus preparou a Mãe adequada para Seu Filho, concebido pelo Espírito Santo diretamente (Lc 1,35), sem a participação de um homem, o qual transmitiria ao Filho o pecado de origem. Além disso, não haveria na terra sêmen humano capaz de gerar o Filho de Deus.
Desde os primeiros séculos o Espírito Santo mostrou à Igreja essa verdade de fé. Já nos séculos VII e VIII apareceram alguns hinos e celebrações em vários conventos do Oriente em louvor à Imaculada Conceição.
Em 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio IX declarava dogma de fé a doutrina que ensinava ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha por um especial privilégio divino.
Na Bula “Ineffabilis Deus”, o Papa diz: “Nós declaramos, decretamos e definimos que a doutrina segundo a qual, por uma graça e um especial privilégio de Deus Todo Poderoso e em virtude dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original no primeiro instante de sua conceição, foi revelada por Deus e deve, por conseguinte, ser crida firmemente e constantemente por todos os fiéis” (Tm, p. 305).
É de notar que em 1476 a festa da Imaculada foi incluída no Calendário Romano. Em 1570, o papa Pio V publicou o novo Ofício e, em 1708, o papa Clemente XI estendeu a festa a toda a Cristandade tornando-a obrigatória.
Neste seio virginal, diz S. Luiz, Deus preparou o “paraíso do novo Adão” (Tvd, n. 18).
Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja e ardoroso defensor de Maria, falecido em 1787, disse: “Maria tinha de ser medianeira de paz entre Deus e os homens. Logo, absolutamente não podia aparecer como pecadora e inimiga de Deus, mas só como Sua amiga, toda imaculada” (Gm, p. 209). E ainda: “Maria devia ser mulher forte, posta no mundo para vencer a Lúcifer, e portanto devia permanecer sempre livre de toda mácula e de toda a sujeição ao inimigo” (GM, p. 209).
S. Bernardino de Sena, falecido em 1444, diz a Maria: “Antes de toda criatura fostes, ó Senhora, destinada na mente de Deus para Mãe do Homem Deus. Se não por outro motivo, ao menos pela honra de seu Filho, que é Deus, era necessário que o Pai Eterno a criasse pura de toda mancha” (GM, p. 210).
Diz o livro dos Provérbios: “A glória dos filhos são seus pais” (Pr 17,6); logo, é certo que Deus quis glorificar Seu Filho humanado também pelo nascimento de uma Mãe toda pura.
S. Tomas de Vilanova, falecido em 1555, chamado de São Bernardo espanhol, disse em sua teologia sobre Nossa Senhora: “Nenhuma graça foi concedida aos santos sem que Maria a possuísse desde o começo em sua plenitude” (Gm, p. 211).
S. João Damasceno, doutor da Igreja falecido em 749, afirma: “Há, porém, entre a Mãe de Deus e os servos de Deus uma infinita distância” (Gm, p. 211).
E pergunta S. Anselmo, bispo e doutor da Igreja falecido em 1109, e grande defensor da Imaculada Conceição: “Deus, que pode conceder a Eva a graça de vir ao mundo imaculada, não teria podido concedê-la também a Maria?”
“A Virgem, a quem Deus resolveu dar Seu Filho Único, tinha de brilhar numa pureza que ofuscasse a de todos os anjos e de todos os homens e fosse a maior imaginável abaixo de Deus” (GM, p. 212).
É importante notar que S. Afonso de Ligório afirma: “O espírito mau buscou, sem dúvida, infeccionar a alma puríssima da Virgem, como infeccionado já havia com seu veneno a todo o gênero humano. Mas louvado seja Deus! O Senhor a previniu com tanta graça, que ficou livre de toda mancha do pecado. E dessa maneira pode a Senhora abater e confundir a soberba do inimigo” (GM p. 210).
Nenhum de nós pode escolher sua Mãe; Jesus o pode. Então pergunta S. Afonso: “Qual seria aquele que, podendo ter por Mãe uma rainha, a quisesse uma escrava? Por conseguinte, deve-se ter por certo que a escolheu tal qual convinha a um Deus” (GM, p. 213).
A carne de Jesus é a mesma carne de Maria e Seu sangue é o mesmo de Maria; logo, a honra do Filho de Deus exige uma Mãe Imaculada.
Quando Deus eleva alguém a uma alta dignidade, também o torna apto para exercê-la, ensina S. Tomás de Aquino. Portanto tendo eleito Maria para Sua Mãe, por Sua graça e tornou digna de ser livre de todo o pecado, mesmo venial, ensinava S. Tomás; caso contrário, a ignomínia da Mãe passaria para o Filho (GM, p. 215).
Nesta mesma linha afirmava S. Agostinho de Hipona, Bispo e doutor da Igreja falecido em 430, já no século V:
“Nem se deve tocar na palavra “pecado” em se tratando de Maria; e isso por respeito Àquele de quem mereceu ser a Mãe, que a preservou de todo pecado por sua graça” (GM, p. 215).
Maria é aquilo que disse o salmista: “O Altíssimo santificou seu tabernáculo; Deus está no meio dele” (Sl 45,5); ou ainda: “A santidade convém à Vossa casa, Senhor” (Sl 42,6).
Pergunta S. Cirilo de Alexandria (370-444), bispo e doutor da Igreja: “Que arquiteto, erguendo uma casa de moradia, consentiria que seu inimigo a possuísse inteiramente e habitasse?” (GM, p. 216). Assim Deus jamais permitiu que seu inimigo tocasse naquela em que Ele seria gerado homem.
S. Bernardino de Sena ensina que Jesus veio para salvar a todos, inclusive Maria. Contudo, há dois modos de remir: levantando o decaído ou preservando-o da queda. Este último modo Deus aplicou a Maria.
Se é pelo fruto que se conhece a árvore (Mt 7,16-20), então, como o Cordeiro foi sempre imaculado, sempre pura também foi Sua Mãe, é a conclusão dos santos.
Afirma S. Afonso: “Se conveio ao Pai preservar Maria do pecado, porque Lhe era Filha, e ao Filho porque Lhe era Mãe, está visto que o mesmo se há de dizer do Espírito Santo, de quem era a Virgem Esposa” (GM, p. 218).
“‘O Espírito Santo descerá sobre ti’ (Lc 1,35). Ela é portanto o templo do Senhor, o sacrário do Espírito Santo, porque por virtude dele se tornou Mãe do Verbo Encarnado”, afirmou S. Tomás (GM, p. 218).
Podendo o Espírito Santo criar Sua Esposa toda bela e pura, é claro que assim o fez. É dela que fala: “És toda formosa minha amiga, em ti não há mancha original” (Ct 4,7). Chama ainda Sua Esposa de “jardim fechado e fonte selada” (Ct 4,12), onde jamais os inimigos entraram para ofendê-la.
“Estão comigo um sem número de virgens, mas uma só é a minha pomba, minha imaculada” (Ct 6,8-9).
“Ave, cheia de graça!” Aos outros santos a graça é dada em parte, contudo a Maria foi dada em sua plenitude. Assim “a graça santificou não só a alma mas também a carne de Maria, a fim de que com ela revestisse depois o Verbo Eterno”, afirma S. Tomás (GM, p. 220).
É interessante notar que 104 anos antes de o Papa Pio IX proclamar o dogma da Imaculada Conceição da Virgem Maria, Santo Afonso já escrevera seu famoso livro As glórias de Maria, em 1750, no qual defendia com excelência o dogma, firmado no unânime testemunho dos Santos Padres.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um marco fundamental da fé porque, entre outras coisas, define claramente a realidade do pecado original, às vezes contestado por alguns teólogos modernos, em discordância com o Magistério da Igreja.
Foi o mesmo Papa Pio IX que, juntamente com o Concilio Vaticano I, realizado em 1870, proclamou o dogma da infalibilidade papal, questionado por muitos na época.
Enquanto os padres conciliares discutiam a conveniência da definição, levantaram-se em todo o mundo, principalmente na Alemanha e França, muitas críticas contrárias. Os jornais e as revistas enchiam suas páginas com os mais grosseiros ataques contra o Papa e os Bispos.
Muito preocupado, o Cardeal Antonielli, Secretário de Estado reuniu um grupo de Cardeais e foi com eles à presença do Papa Pio IX, suplicando-lhe que adiasse a definição dogmática da infalibilidade papal para o bem da Igreja.
Pio IX ouviu com calma a exposição do cardeal, e em tom decidido, iluminado pelo Espírito Santo e guiado por Maria, respondeu: “Comigo está a Imaculada. Eu vou adiante”.
E o Concilio Vaticano I definiu o dogma da infalibilidade papal.
Que bela expressão que cada um de nós pode repetir nas horas da luta: “Comigo está a Imaculada…”
O Catecismo da Igreja Católica afirma com toda a certeza: “Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de Seu Filho. ‘Cheia de graça’, ela é o fruto mais excelente da Redenção desde o primeiro instante de sua concepção; foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de sua vida” (n. 508).
Além de todas as razões acima apresentadas que nos dão a certeza da Imaculada Conceição, a própria Virgem Maria, em pessoa, quis confirmar este dogma. Foi quando em 25 de março de 1858, na festa da Anunciação, revelou seu Nome a Santa Bernadette, mas aparições de Lourdes. Disse-lhe ela: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
A partir daí, o padre Peyramale, que era o Cura de Lourdes, passou a acreditar nas aparições de Maria à pobre Bernadette, e com ele toda a Igreja .
Em 27 de novembro de 1830, Nossa Senhora apareceu a S. Catarina Labouré, na Capela das filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, e lhe pediu para mandar cunhar e propagar a devoção à chamada “Medalha Milagrosa”, precisamente com esta inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
Quantas graças essa devoção tem espalhado pelo mundo!
Maria, por sua Imaculada Conceição, foi o marco inicial de nossa salvação, e será sempre aquela que nos levará à fonte da mesma salvação, Jesus Cristo, o esplendor da Verdade.
Hoje, mais do que antes, é preciso fazer-lhe muitas vezes aquela famosa oração que os cristãos do Egito já lhe dirigiam no século III: “Debaixo de vossa proteção nos refugiamos, ó Santa Mãe de Deus. Não desprezeis nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita. Maria, Imaculada, rogai por nós”.
Escutemos o que nos diz São Bernardo (1090-1153), abade e doutor da Igreja, o poeta apaixonado de Maria, em seu famoso “Sermão sobre o Missus est”: “Ó tu, quem quer que sejas, que nas correntezas deste mundo te apercebas: antes ser arrastado entre procelas e tempestades do que andando sobre a terra, desviares os olhos desta Estrela, se não queres afogar-te nessas águas.
Se levantam os ventos das tentações, se cais nos escolhos dos grandes sofrimentos, olha a Estrela, invoca Maria.
Se as iras, ou avareza, ou os prazeres carnais se abaterem sobre tua barca, olha para Maria.
Se, perturbado pelas barbaridades de teus crimes, se amedrontado pelo horror do julgamento, começas a ser sorvido em abismos de tristeza e desespero, pensa em Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que ela não se afaste de teus lábios, não se afaste de teu coração.
E, para que possas pedir o auxílio de sua oração, não esqueças o exemplo de sua vida. Seguindo-a, não te desviarás; suplicando-lhe, não desesperarás; pensando nela, não errarás. Se ela te segurar, não cairás; se te proteger, não terás medo; se ela te conduzir, não te fatigarás; se estiver do teu lado, chegarás ao fim. E assim experimentarás em ti mesmo quanto é verdade aquilo que foi dito: ‘E o nome da Virgem era Maria” .
Por: Prof. Felipe Aquino (Cléofas)

PÁSCOA - TRÍDUO PASCAL

P: O que é o TRÍDUO PASCAL ?

R:  Dos ofícios litúrgicos mais belos e emocionantes de todo o ano, nenhum se compara à liturgia dos três últimos dias da Semana Santa: o Tríduo Pascal.

Fazendo-nos recordar os principais acontecimentos que marcaram os momentos finais de Nosso Senhor antes de sua gloriosa Ressurreição, a Igreja celebra entre a Quinta-feira Santa e o Sábado de Aleluia o centro da religião cristão mistério pascal de Jesus Cristo, de quem recebemos uma nova vida e de cujo lado trespassado brotam os sacramentos da Nova e eterna Aliança.

Vamos refletir sobre esses mistérios a partir dos textos da própria Liturgia da Páscoa.

Na QUINTA-FEIRA SANTA, dedicada à instituição da EUCARISTIA, do SACERDÓCIOe ao RITO DO LAVA-PÉS, a Igreja entoa com júbilo o hino Ubi caritas, alegre por saber que, onde está o amor, ali também está Deus.

Na missa, durante o Glória, todos os sinos da igreja devem dobrar. Só voltarão a ser escutados na proclamação do Glória na Vigília Pascal.

Após a homilia ocorre o ritual da lavagem dos pés pelo sacerdote, conforme Jesus o fez.

A missa termina com a transladação do Santíssimo Sacramento para um lugar menor. A Adoração Eucarística é recomendada, mas deve ser feita sem solenidades. Todos os altares da igreja ficam desnudos, exceto onde está o Santíssimo.

A cor litúrgica é o branco.

Na SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO, consagrada à Redenção do mundo, é o nosso Salvador quem nos repreende e indaga por meio dos “impropérios”: “Povo meu, que te fiz eu?”, aos quais a Igreja toda responde: “Deus santo, Deus imortal, tende piedade de nós”.

Relembra a Paixão e crucificação de Jesus. Em lugar da Missa, tem-se outra celebração litúrgica, a CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO.

As imagens dos santos e crucifixos devem estar encobertos e suas respectivas luzes apagadas, conforme a Tradição local.

A cor litúrgica é o vermelho, porém em algumas paróquias se utiliza o preto, numa espécie de luto.

Sexta-feira Santa é dia de Jejum e abstinência de carne. A Igreja pede ao seus filhos que se silenciem para relembrar a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Finalmente, no SÁBADO SANTO, dia em que toda a criação submerge na solidão e no silêncio, os fiéis prorrompem de alegria ante o anúncio de que o Senhor venceu a morte. Ele está vivo, ressuscitou verdadeiramente!

Não se celebram missas durante o dia, antes da celebração da VIGÍLIA PASCAL à noite;

É o dia onde se faz a lembrança de Jesus morto, onde se cultiva a esperança e perseverança;

A cor litúrgica é o branco.

SAIBA MAIS

A palavra tríduo na prática devocional católica sugere a idéia de preparação. Às vezes nos preparamos para a festa de um santo com três dias de oração em sua honra, ou pedimos uma graça especial mediante um tríduo de preces de intercessão.

O tríduo pascal se considerava como três dias de preparação para a festa de Páscoa; compreendia a quinta-feira, a sexta-feira e o sábado da Semana Santa. Era um tríduo da paixão.

No novo calendário e nas normas litúrgicas para a Semana Santa, o enfoque é diferente. O tríduo se apresenta não como um tempo de preparação, mas sim como uma só coisa com a Páscoa. É um tríduo da paixão e ressurreição, que abrange a totalidade do mistério pascal. Assim se expressa no calendário:

Cristo redimiu ao gênero humano e deu perfeita glória a Deus principalmente através de seu mistério pascal: morrendo destruiu a morte e ressuscitando restaurou a vida. O tríduo pascal da paixão e ressurreição de Cristo é, portanto, a culminação de todo o ano litúrgico.

Logo estabelece a duração exata do tríduo:

O tríduo começa com a missa vespertina da Ceia do Senhor, alcança seu cume na Vigília Pascal e se fecha com as vésperas do Domingo de Páscoa.

Esta unificação da celebração pascal é mais acorde com o espírito do Novo Testamento e com a tradição cristã primitiva. O mesmo Cristo, quando aludia a sua paixão e morte, nunca as dissociava de sua ressurreição. No evangelho da quarta-feira da segunda semana de quaresma (Mt 20,17-28) fala delas em conjunto: "O condenarão à morte e o entregarão aos gentis para que d'Ele façam escarnio, o açoitem e o crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará".

É significativo que os pais da Igreja, tanto Santo Ambrosio como Santo Agostinho, concebam o tríduo pascal como um todo que inclui o sofrimento do Jesus e também sua glorificação. O bispo de Milão, em um dos seus escritos, refere-se aos três Santos dias (triduum illud sacrum) como aos três dias nos quais sofreu, esteve no túmulo e ressuscitou, os três dias aos que se referiu quando disse: "Destruam este templo e em três dias o reedificaré". Santo Agostinho, em uma de suas cartas, refere-se a eles como "os três sacratíssimos dias da crucificação, sepultura e ressurreição de Cristo".

Esses três dias, que começam com a missa vespertina da quinta-feira santa e concluem com a oração de vésperas do domingo de páscoa, formam uma unidade, e como tal devem ser considerados. Por conseguinte, a páscoa cristã consiste essencialmente em uma celebração de três dias, que compreende as partes sombrias e as facetas brilhantes do mistério salvífico de Cristo. As diferentes fases do mistério pascal se estendem ao longo dos três dias como em um tríptico: cada um dos três quadros ilustra uma parte da cena; juntos formam um tudo. Cada quadro é em si completo, mas deve ser visto em relação com os outros dois.

Interessa saber que tanto na sexta-feira como na sábado santo, oficialmente, não formam parte da quaresma. Segundo o novo calendário, a quaresma começa na quarta-feira de cinza e conclui na quinta-feira santa, excluindo a missa do jantar do Senhor 1. na sexta-feira e na sábado da semana Santa não são os últimos dois dias de quaresma, mas sim os primeiros dois dias do "sagrado tríduo".

Pensamentos para o tríduo

A unidade do mistério pascal tem algo importante que nos ensinar. Diz-nos que a dor não somente é seguida pelo gozo, senão que já o contém em si. Jesus expressou isto de diferentes maneiras. Por exemplo, no último jantar disse a seus apóstolos: "Se entristecerão, mas sua tristeza se trocará em alegria" (Jn 16,20). Parece como se a dor fosse um dos ingredientes imprescindíveis para forjar a alegria. A metáfora da mulher com dores de parto o expressa maravilhosamente. Sua dor, efetivamente, engendra alegria, a alegria "de que ao mundo lhe nasceu um homem".

Outras imagens vão à memória. Todo o ciclo da natureza fala de vida que sai da morte: "Se o grão de trigo, que cai na terra, não morre, fica sozinho; mas se morrer, produz muito fruto" (Jn 12,24).
A ressurreição é nossa páscoa; é um passo da morte à vida, da escuridão à luz, do jejum à festa. O Senhor disse: "Você, pelo contrário, quando jejuar, unja-se a cabeça e se lave a cara" (MT 6,17). O jejum é o começo da festa.

O sofrimento não é bom em si mesmo; portanto, não devemos buscá-lo como tal. A postura cristã referente a ele é positiva e realista. Na vida de Cristo, e sobre tudo na sua cruz, vemos seu valor redentor. O crucifixo não deve reduzir-se a uma dolorosa lembrança do muito que Jesus sofreu por nós. É um objeto no que podemos nos glorificar porque está transfigurado pela glória da ressurreição.

Nossas vidas estão entretecidas de gozo e de dor. Fugir da dor e as penas a toda costa e procurar gozo e prazer por si mesmos são atitudes erradas. O caminho cristão é o caminho iluminado pelos ensinos e exemplos do Jesus. É o caminho da cruz, que é também o da ressurreição; é esquecimento de si, é perder-se por Cristo, é vida que brota da morte. O mistério pascal que celebramos nos dias do sagrado tríduo é a pauta e o programa que devemos seguir em nossas vidas.


ORAÇÃO

P: Por que unimos as mãos para orar?
R: oração exige uma posição adequada das mãos, e este gesto tem um grande valor simbólico.

Na antiguidade cristã, era costume levantá-las, em postura de oferecer ou de receber. Esta é a atitude de quem ora, como vemos nos afrescos das catacumbas romanas, e que ainda hoje se observa isso. O sacerdote, por exemplo, em alguns momentos da missa, levanta suas mãos.
Posteriormente, introduziu-se o uso das mãos unidas. As mãos unidas recordam o gesto tão antigo de atar ou amarrar as mãos dos prisioneiros. É por isso que os que eram martirizados caminhavam com as mãos unidas na hora do sacrifício, em oração e entrega.
No mundo romano, um capturado podia evitar a morte imediata adotando esta postura das mãos atadas, como em atitude de súplica, pedindo piedade; hoje, este gesto foi substituído pelo gesto de levantar uma bandeira branca, expressando rendição.
Também se sabe que, na Idade Média, os vassalos prometiam fidelidade aos senhores feudais unindo as mãos. Por isso, o cristianismo assumiu o gesto como sinal de obediência total do homem à autoridade de Deus, e as mãos unidas passaram a expressar a submissão do homem com relação ao seu Criador.
Este gesto é visto hoje também no rito da ordenação sacerdotal: o ministro ordenado coloca suas mãos unidas entre as mãos do bispo.
O gesto das mãos unidas também expressa que uma pessoa está concentrada em algo, que interioriza seus sentimentos de fé. É a postura de quem está em paz, e não distraído no momento de orar.
Além disso, as mãos unidas são sinal de que se é consciente de estar na presença de Deus; portanto, é um gesto de humildade, de atitude orante e de confiança.
Este é o gesto mais apropriado para a celebração litúrgica, especialmente no momento de comungar.

Por: Henry Vargas Holguín

PARAMENTOS LITÚRGICOS

CHAPÉUS


P: Você reconhece todos os paramentos que os sacerdotes usam na cabeça?

R: O Papa está sempre de solidéu, certo? Errado! Ele deve sempre retirá-lo em alguns momentos específicos da missa – e pouquíssimos católicos sabem o motivo desse gestual. No post de hoje, vamos explicar essas e outras curiosidades sobre os acessórios e paramentos que cobrem a cabeça dos nossos religiosos.






Mitra
Usada por todos os bispos durante a missa – inclusive o bispo de Roma, o Papa – e pelos abades. É colocada sobre o solidéu, e sinaliza a autoridade pastoral.
Reparem que quando um bispo ora a Deus (como nas preces e nos gestos sacramentais), ele retira a mitra. Isso porque vem dos tempos apostólicos o ensinamento de que os homens têm o dever de orar com a cabeça descoberta (enquanto as mulheres, conforme São Paulo mesmo orientou, deveriam orar com a cabeça coberta – mas essa tradição milenar se diluiu nas últimas décadas, sem mais nem menos).


Solidéu
É um barrete de modelo simplificado, semelhante à quipá que os judeus usam. Os bispos o usam durante quase toda a celebração da missa, retirando-o a partir da oração eucarística, em sinal de respeito (veja o vídeo abaixo).


Capelo
É um acessório não-litúrgico, do dia a dia, que ajuda a se proteger do sol. O Papa pode usar o capelo vermelho; o de outros clérigos é preto.

galeroGalero
O vermelho é exclusivo dos cardeais (foto ao lado); os demais clérigos usam o preto. A partir de 1965, o galero cardinalício foi substituído pelo barrete.

Barrete
Tem formato quadrangular, e quase sempre traz um pompom no topo. Indica a autoridade do clérigo, e pode ser usando durante as celebrações (sendo retirado em momentos específicos) ou fora delas.
As cores do barrete variam conforme a hierarquia do clérigo, ou conforme o seu cargo. O Papa, por exemplo, pode usar barrete branco, mas esse costume foi abandonado faz muito tempo.

Camauro
É um gorro que serve para esquentar a cabeça, que o Papa tem a opção de usar no inverno. Sim, ele fica parecendo o Papai Noel! E de onde vocês acham que surgiu o gorro do bom velhinho?

Tiara Papal
Era usada somente em cerimônias solenes. Suas três coroas simbolizam o tríplice poder dos papas: pai dos reis, reitor do mundo e Vigário de Cristo (Fonte: site do Vaticano). O último papa a usá-la foi o beato Paulo VI.
paramentos
Capirote
capiroteDentre as coberturas de cabeça apresentadas aqui, é a única usada por leigos.
Capuz usado principalmente por membros das irmandades espanholas durante algumas das celebrações da Semana Santa, em especial, nas procissões. Esse costume também se reflete aqui no Brasil.



A origem do capirote vem da Idade Média, quando os criminosos eram obrigados a desfilar pelas ruas com um chapéu pontudo. Ao vê-los, as pessoas os xingavam e jogavam sujeira neles. Assim, nas procissões, os penitentes que reconheciam suas culpas diante de Deus e desejavam voluntariamente serem humilhados colocavam esses chapéus, mas cobrindo o rosto, para não serem identificados (alguns desses penitentes se auto-flagelavam).

Atenção: o capirote não deve ser confundido com os capuzes usados por membros da Ku Klux Klan. Afinal, essa organização terrorista pregava o predomínio dos protestantes brancos não só sobre os negros, mas também sobre os demais imigrantes, como judeus e católicos.

IGREJAS CATÓLICAS ORIENTAIS SUI JURIS
As Igrejas Católicas sui juris, de rito oriental, estão em perfeita comunhão com Roma, sendo submissas ao Papa. Essas igrejas se diferenciam da Igreja Católica de Rito Latino em aspectos administrativos, disciplinares e litúrgicos, mas a doutrina é a mesma.
A seguir, mostraremos um pouco da riqueza e da beleza dessa diversidade, especificamente em relação aos paramentos que cobrem a cabeça dos religiosos.

eparcaMitra Bizantina
Utilizada por todos os bispos das igrejas católicas de rito bizantino (como o bispo da foto ao lado), e também pelos Coptas e Etíopes.

Eskimo ou Kalansowa
Capuz negro que cobre a cabeça dos monges e bispos das igrejas Siro-Malancares e Coptas, em todos os momentos. Possui 12 ou 13 cruzes. Entre os coptas é chamado de Kalansowa, entre os siro-malancares, Eskimo.
As 12 cruzes simbolizam os 12 apóstolos. Eles devem proteger o usuário de maus pensamentos, mantendo sua mente limpa (fonte: Orientale Lumen).

Masnaphto
A mitra foi introduzida na liturgia da Igreja somente após o século X (alguns dizem que foi após o século VII). Por isso, a Igreja Católica Siro-Malancar não incorporou seu uso aos paramentos dos bispos.
Em vez da mitra, os bispos católicos de tradição siríaca usam o Masnaphto, um véu da cor dos outros paramentos, que geralmente traz o desenho de uma pomba, em alusão ao Espirito Santo. Ele simboliza o pano que cobriu a cabeça de Nosso Senhor quando ele foi conduzido para ser sepultado (fonte: Orientale Lumen).
O Masnaphto é usado sobre o eskimo, da mesma forma que a mitra é usada sobre o solidéu.

Allousi
Usado pelos clérigos da Igreja Maronita. É semelhante ao solidéu, e tem um pequeno pompom no topo. Raramente é utilizado na liturgia.
Preto para os monges (o clero diocesano não usa), violáceo para os bispos e vermelho para o Patriarca. (fonte: Orientale Lumen).

Tabieh

Parece um turbante, e sua função é similar à do barrete. Não é utilizado por padres (a não ser que sejam corepíscopos). É preto para os bispos, sendo que o patriarca pode usar um vermelho, se quiser.

Klobuk
Chapéu achatado no topo, com um véu que cai sobre os ombros e costas. É usado por monges e bispos de algumas igrejas de rito oriental.

Qob
Barrete utilizado pelo clero da Etiópia.
catolicos_orientais
Fonte: O Catequista