APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ESCAPULÁRIO

P: Para que serve o Escapulário?
R:
Ao olharmos para a história da Igreja encontramos uma linda página marcada pelos homens de Deus, mas também pela dor, fervor e amor a Virgem Mãe de Deus. É a história da Ordem dos Carmelitas, da qual testemunha o cardeal Piazza: “O Carmo existe para Maria e Maria é tudo para o Carmelo, na sua origem e na sua história, na sua vida de lutas e de triunfos, na sua vida interior e espiritual”.
Carmelo é o nome de uma famosa montanha que fica na Palestina, em Israel, donde o profeta Elias e o sucessor Elizeu fizeram história com Deus e com Nossa Senhora, que foi pré-figurada por Elias, numa pequena nuvem (cf 1 Rs 18, 20-45).
A Ordem dos Carmelitas surgiu, então por iniciativa de alguns eremitas que resolveram ter uma vida reservada e construíram, então, no Monte Carmelo, uma capela dedicada a Nossa Senhora. Nascia ali a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, posteriormente Ordem dos Carmelitas.
Os profetas Elias e Eliseu, tiveram “participação” importante na obra Carmelita, que só vingou devido à intervenção de Maria, pois a parte dos monges do Carmelo que sobreviveu à perseguição dos mulçumanos (século XII), chegou fugida na Europa e elegeu Simão Stock (hoje São Simão Stock), como seu superior geral.
Também na Europa a ordem dos Carmelitas começou a ser perseguida, quando Simão, no dia 16 de julho de 1251 em seu convento na Inglaterra, intercedendo com o Terço à Nossa Senhora, recebe a aparição da Mãe de Deus, com o menino Jesus nos braços e rodeada de anjos, e que trazia nas mãos um escapulário e disse-lhe: “Recebe, meu filho, este escapulário da tua ordem, que será o penhor do privilégio que eu alcancei para ti e para todos os filhos do Carmo. Todo o que morrer com este escapulário, será preservado do fogo eterno”.
Diversos Papas em toda a história da Igreja, além de usarem o escapulário do Carmo, aconselhavam que os fiéis o usassem.
É impressionante o fato narrado na vida de São João Maria Vianey. Ele confessava uma moça. Entre outras perguntas, propôs o Santo esta:
-”Não lembras daquele baile em que entrou um rapaz muito elegante e começou a dançar com as outras moças?”
-“Sim”.
- “Lembra-te que vendo-o não te convidar, te sentiste desprezada?” “Não te lembras que ao sair ele do salão, parecia-te vê-lo andar sobre as chispas azuis?” “Pois bem, aquele rapaz era o demônio, e não se aproximou de ti porque trazias o escapulário. Feliz companhia de Nossa Senhora”.

Esses são os privilégios dos que usam o Escapulário do Carmo de forma piedosa:
1- Quem morrer com o Santo Escapulário do Carmo não padecerá o fogo do inferno;
2- A Virgem do Carmo livrará o quanto antes, principalmente no sábado depois da morte, à quantos forem ao purgatório morrendo com o Escapulário;

3- O Escapulário do Carmo é salvação em todos os perigos, pela Virgem Santíssima do Carmo;

4- Cada vez que se beija o Escapulário, ganham - se 500 dias de indulgência;

5- O Escapulário é sinal de irmandade da Virgem Maria;

6- O Escapulário do Carmo é sinal de paz e do pacto sempre terno de concórdia, garantido por Maria Santíssima;

7- O Escapulário é sinal de salvação, pela Virgem Maria;

8- O Escapulário do Carmo está enriquecido pela Igreja com inúmeras indulgências;

9- O Escapulário do Carmo é um meio simples e prático de honrar à Virgem Maria;

10- O Escapulário do Carmo é garantia de preservação da fé e da firmeza na devoção à Virgem Maria, devoção que por sua vez é sinal de predestinação.

As condições para lucrar estes privilégios são: Trazer sempre o pequeno Escapulário, guardar castidade, conforme o seu estado (casado, solteiro ou viúvo) e cumprir as penitências e orações prescritas pelo padre que fará a imposição do Escapulário; ele deverá ter uma autorização especial da Ordem para fazer a imposição que seria a benção da pessoa com o primeiro Escapulário o qual pode ser adquirido na Igreja ligada à ordem carmelita ou na Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
Vale ressaltar que o escapulário não serve como carta-branca para pecarmos, e nem é amuleto ou algo para tirar mau olhado ou coisa parecida. É um sacramental que nos permite lembrar que devemos ter uma vivência cristã e assim, alcançar a graça de uma boa morte, como nos prometeu a Mãe de Deus.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A ESMOLA

P: Por que dar esmolas?
R: Entre os “remédios contra o pecado”, a Igreja coloca além do jejum e da oração, a esmola. Há ervas daninhas que crescem no jardim de nossa alma e que têm raízes profundas e por isso, são difíceis de serem arrancadas. A esmola é uma das formas de eliminá-las.
Um dos piores pecados é a ganância ou avareza; é o apego desordenado ao dinheiro e aos bens desse mundo. O avarento está pronto a deixar até a própria vida, mas não os seus bens. São Paulo classifica a avareza como idolatria: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixões, desejos maus, cupidez e a avareza, que é idolatria” (Cl 3,5). “Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento – verdadeiros idólatras ! – terão herança no reino de Cristo e de Deus” (Ef 5,5).
A razão do Apóstolo ver como idolatria o apego aos bens materiais, sobretudo ao dinheiro, é que isto faz a pessoa amá-lo como a um deus. Torna-se escrava da riqueza, e no seu altar queima um incenso perigoso.
Desde o princípio Jesus alertou, os discípulos para este perigo, já no Sermão da Montanha: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedica-se a um e desprezará o outro. Não podeis servi a Deus e a riqueza” (Mt 6,24).
O que importa é que a pessoa não seja escrava do dinheiro e dos bens. É claro que todos nós precisamos do dinheiro; o próprio Jesus tinha um “tesoureiro” no grupo dos Apóstolos.
São Paulo afirma que “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro”. (1Tm 6,10). Veja que, portanto, o mal, não é o dinheiro em si, mas o “amor” ao dinheiro; isto é, o apego desordenado que faz a pessoa buscar o dinheiro como um fim, e não como um meio. Por causa do dinheiro muitos aceitam a mentira, a falsidade e a fraude. Quantos produtos falsificados! quantos quilos que só possuem 900 gramas! quanta enganação e trapaças nos negócios!
Não é verdade que mesmo entre os cristãos, tantas vezes um engana o outro, o “passa para traz”, em algum negócio, compra e venda, etc.? Se formos mais alto, poderemos constatar que toda a corrupção, tráfico de drogas e de armas, crimes, etc., tem atrás a sede do dinheiro. Basta ligar o TV o ler o jornal para ver isso.
O próprio domingo, dia do Senhor, está se transformando, para muitos, em o dia de ganhar dinheiro. Por amor ao dinheiro muitos pais perdem os próprios filhos, irmãos brigam e se separam, e muitos casamentos acabam. No casamento dá mais problema o dinheiro que sobra do que o dinheiro que falta.
Por causa da ganância vemos o mundo numa situação de grande injustiça e miséria para muitos.
Jesus recomendou ao povo: “Guardai-vos escrupulosamente de toda avareza, porque a vida de um homem, ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas riquezas” (Lc 12,15). “Filhinhos, quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que põem a sua confiança nas riquezas”. (Mc 10,24)
O apego aos bens desse mundo é algo muito forte em nós, quase que uma “segunda natureza”, e portanto, só com o auxílio da graça de Deus poderemos vencer esta tentação forte. Como?
O remédio contra a avareza é o “abrir as mãos”, não para receber, mas para dar. Quanto mais apegado você for ao dinheiro, mais faça o exercício de “dar” boas e generosas esmolas… até que as suas mãos aprendam a se abrir sem que o seu coração chore.
Exaustivamente a Bíblia fala da importância da esmola:
“Quem se apieda do pobre, empresta ao Senhor, que lhe restituirá o benefício”. (Prov. 19,17)
São Leão Magno dizia que “a mão do pobre é o banco de Deus”.
“Dá esmola de teus bens, e não te desvies de nenhum pobre, pois, assim fazendo, Deus tampouco se desviará de ti”. (Tob 6,8)
“A esmola será para todos os que a praticam um motivo de grande confiança diante de Deus altíssimo”. (Tob 4,12)
“Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará por ti a fim de te preservar de todo mal. Para combater o teu inimigo, ela será uma arma mais poderosa do que o escudo e a lança de um homem valente”. (Eclo 29,15-16)
O importante é que se dê com alegria e liberdade, certo de se estar ajudando o irmão e agradando ao Pai: “Dê cada um conforme o impulso do seu coração sem tristeza, nem constrangimento. Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7).
Mas, só terá mérito diante de Deus a esmola dada em silêncio. “Quando, pois, dás esmolas, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas… já receberam a sua recompensa”. (Mt 6,2-4)
São Leão Magno (400-461) valorizava muito a esmola. Dizia que “deposita no céu o seu tesouro quem alimenta a Cristo no pobre”, e que elas “apagam qualquer culpa contraída nesta morada terrena”, já que a “caridade encobre uma multidão de pecados”. (1 Pe 4,8)
A melhor maneira de vencer este medo é confiar na Providência divina que cuida de todos. Jesus disse: “Não vos preocupeis por vossa vida” (Mt 6,25). “Qual de vós por mais que se esforce, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida ?” (27). “Não vos aflijais…” (31). “Vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso” (32). Importa “buscar em primeiro lugar o reino de Deus” (33), isto é, viver conforme a vontade de Deus, e o mais “nos será dado por acréscimo” (33).
São Pedro exortava os fiéis dizendo: “Confiai a Deus todas as vossas preocupações, porque ele tem cuidado de vós”. (1 Pe 5,7)
Isto tudo não quer dizer que não devemos ser previdentes tendo em vista as necessidades da vida. É pelo nosso trabalho que o Senhor traz o pão de cada dia à nossa mesa. Que ninguém fique esperando, na fé, e de braços cruzados, o socorro do céu.
Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 1 de junho de 2011

ESPIRITISMO

P: Pode um católico frequentar seitas espíritas?
R:
Para responder a essa pergunta vamos lembrar das palavras do professor Felipe Aquino, sobre o assunto.
Em que pese a doutrina da Igreja, bem como a sua Tradição e o seu Magistério mostrarem a radical incompatibilidade entre o Cristianismo e o espiritismo, muitos “católicos”, fracos na fé e pouco conhecedores da doutrina, teimam em persistir neste sincretismo perigoso. Vão a missa e ao culto espírita, como se isto não fosse proibido pela fé católica.
É preciso ficar bem claro que o espiritismo (bem como suas derivações) contradiz “frontalmente” a doutrina católica em muitos pontos, sendo, portanto, impossível a um católico ser também espírita.
Em 1953, os Bispos do Brasil disseram que o espiritismo é o desvio doutrinário “mais perigoso”; uma vez que “nega não apenas uma ou outra verdade da nossa fé, mas todas elas, tendo, no entanto, a cautela de dizer-se cristão, de modo a deixar, nos católicos menos avisados, a impressão erradíssima de ser possível conciliar catolicismo com espiritismo”. (Espiritismo, orientação para os católicos, D.Boaventura Kloppenburg, Ed. Loyola. 5ª.ed. Pág.11).
Muitas passagens da Bíblia comprovam o que está dito acima. A principal delas é a que está no Livro do Deuteronômio:
“Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha [magia negra], nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo ou à evocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas...” (Dt 18, 10-12).
Essas palavras da Bíblia são muito claras e fortes e não deixam dúvidas sobre a proibição “radical” de Deus a todas as formas de ocultismo e busca de poder fora da vontade de Deus. E isto é um perigo para a vida cristã, porque “contamina” a alma. O Livro do Levítico traz a mesma condenação:
“Não vos dirijais aos espíritas, nem aos adivinhos, não os consulteis para que não sejais contaminados por eles” (Lv 19,31).
A primeira consequência para a pessoa que se dá a essas práticas proibidas pela Igreja Católica, é um “esfriamento” espiritual. Começa a esfriar na fé, deixa a oração, os sacramentos e torna-se fraco na fé, na esperança e na caridade, até, digamos, morrer espiritualmente.
Se você entra num ambiente espírita, de macumba, candomblé etc, mesmo que seja apenas por curiosidade, “sem maldade”, você está pecando e colocando-se sob o jugo do demônio. Neste assunto, é a “curiosidade” que leva muitos católicos ao pecado.
Devemos ter sempre em mente o seguinte ensinamento:
Todo culto que se presta a uma entidade espiritual, é recebido por Deus ou por satanás. Como os pagãos não prestam o seu culto a Deus, então, por exclusão, quem o recebe é o demônio. Daí podermos entender porque Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas pagãs já citadas. Neste caso, Deus é rejeitado, é traído. E daí podemos entender também porque o “ambiente” fica próprio à presença e manifestação do mal.
Por isso queridos amigos, frisamos mais uma vez: “é impossível a um católico ser também espírita”.