APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

domingo, 27 de novembro de 2011

ANJOS

P: Quem são os Anjos?
R:
A Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, aos seres espirituais, não-corporais, que foram criados por Deus para uma missão específica. Isso é uma verdade de fé. O Testemunho da Escritura a esse respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição.

No Catecismo da Igreja Católica - CIC vemos: Sto. Agostinho diz a respeito deles: “Angelus officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen huius naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est; quaeris officium, angelus est, ex eo quod est, spiritus est, ex eo quod agit, angelus – Anjo (mensageiro) é designação de encargo, não de natureza. Se perguntares pela designação da natureza, é um espírito; se perguntares pelo encargo, é um anjo: é espírito por aquilo que é, é anjo por aquilo que faz.”


Por todo o seu ser, os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Porque contemplam “constantemente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10), são “poderosos executores de sua palavra, obedientes ao som de sua palavra.” (Sl 103,20).


Como criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e de vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam em perfeição todas as criaturas visíveis. Disto dá testemunho o fulgor de sua glória.


Continua o CIC: Cristo é o centro do mundo angélico. São seus os anjos: “Quando o Filho do homem vier em sua glória com todos os seus anjos...” (Mt 25,31). São seus porque foram criados por e para Ele: “Pois foi nele que foram criadas todas as coisas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis: Tronos, Dominações, Principados, Potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele.” (Cl 1,16). São seus, mais ainda, porque Ele os fez mensageiros de seu projeto de salvação. “Porventura não são todos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?” (Hb 1,14).


Eles aí estão, desde a criação e ao longo de toda a História da Salvação, anunciando de longe ou de perto esta salvação e servindo ao designo divino de sua realização: fecham o paraíso terrestre; protegem Lot; salvam Agar e seu filho; seguram a mão de Abraão; comunicam a lei por seu ministério; conduzem o povo de Deus; anunciam nascimentos e vocações; assistem os profetas, para citarmos apenas alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus.


Desde a Encarnação até a Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é cercada da adoração e do serviço os anjos. Quando Deus “introduziu o Primogênito no mundo, disse: ‘Adorem-no todos os anjos de Deus’” (Hb 1,6).


Do mesmo modo, a vida da Igreja se beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos. Em sua Liturgia, a Igreja se associa aos anjos para adorar o Deus três vezes Santo; ela invoca a sua assistência (assim em In Paradisum deducant te Angeli... – Para o Paraíso te levem os anjos, da Liturgia dos defuntos; ou ainda, no “hino querubínico” da Liturgia Bizantina).


Desde o início até a morte, a vida humana é cercada pela proteção dos anjos e por sua intercessão. Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida. Ainda aqui na terra, a vida cristã participa na fé da sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos a Deus.
Com relação a hierarquia angelical, o primeiro estudioso profundo das estruturas dos anjos foi São Tomás de Aquino. Este, para melhor entendimento destes seres, dividiu este estudo em três grandes blocos ou ordens, subdivididas nos chamados coros:



1ª Hierarquia (Os anjos mais próximos de Deus – desempenham suas funções diante do Pai).


Serafim (Is 6,2) A ordem dos Serafins é considerada a mais elevada dos servidores angélicos. Eles circundam o trono sagrado e celebram com canções e adoração sendo sentidos por todos através do coração. Dizem que a canção dos serafins são cantos de criação e celebração. A música das esferas. Refletem a imagem mais perfeita do amor de Deus.


Querubim (Ez 10,3) São conhecidos como os guardadores dos registro sagrados e ajudam para que o plano divino seja cumprido. Dizem que são os guardiões da luz e das estrelas. Refletem a Sabedoria de Deus.


Tronos De acordo com o Velho Testamento, durante uma tempestade o profeta Ezequiel teve uma visão: uma carruagem gloriosa vinda do norte, com quatro figuras humanas cada qual com quatro faces asas e arcos. Eles eram acompanhados de quatro aros, as bordas cobertas de olhos. As rodas de fogo que Ezequiel viu foram os tronos, a terceira ordem divina dos anjos. Muitos dizem que os tronos são os anjos da guarda do planeta. Compreendem o juízo de Deus.


2ª Hierarquia (Príncipes da Corte Celestial – operam junto aos governos gerais do universo)


Domínios Também descritos como Dominações, são os executivos, os governantes de todos os grupos angelicais situados além deles. Os domínios decidem o que deve ser feito para cumprir a vontade divina, incluindo as obrigações cotidianas. Tudo fazem para que o universo continue a sua trajetória habitual embora recebam ordens dos Querubins e raramente entrem em contato com pessoas, ainda assim estão ligados à nossa realidade. Governam os próprios anjos.


Virtudes Tem a capacidade de transmitir grande quantidade de energia divina. Imersas na força de Deus, as virtudes derramam bênçãos do alto, freqüentemente na forma de milagres. Conhecidos como os brilhantes, as virtudes são sempre associadas com os heróis e aqueles que lutaram em nome de Deus e da Verdade. São chamadas quando se necessita de coragem. Executam as ordens das Dominações.


Potestades São os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados da história coletiva. Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. Provavelmente foram os primeiros anjos criados por Deus em ordem de ocupar os confins das regiões entre o primeiro e o segundo céus. Como guardas celestiais seu caminho é vigiar uma possível infiltração diabólica. Eles lutam para manter o equilíbrio do universo. Lutam contra os espíritos maus.


3ª.Hierarquia (Anjos ministrantes – encarregados dos caminhos das nações e dos homens)


Principados Anjos integradores, encarregados das nações e das grandes cidades. Essa ordem também protege os espíritos do bem contra o ciúme dos espíritos do mal.


Arcanjos Os mais conhecidos são Gabriel, Miguel, Rafael. De acordo com Dionísio, os arcanjos são os mensageiros que trazem a palavra divina. Considerados os mais importantes intermediários entre os mortais e Deus.O seu dia é celebrado em 29 de setembro.


Anjos Estão mais próximos da humanidade e mais preocupados com as nossas questões. Mensageiros de Deus, cuidam do coração dos homens.


São diversas as passagens bíblicas que fazem menção aos anjos. Eis algumas: Gn 3,24; 18,2; 19,1; 31,11 – Jz 2,1; 13,6 – Tb 12,12 – Sl 90,11 – Dn 8,15; 9,21 – Mt 16,27; 18,10 – Lc 1,11; 1,26; 2,10 – At 5,19; 27,23-24 – Gl 3,19 – Cl 1,16 – Hb 1,1; 1,14; 2,5 – Ap 5,11; 7,11-12.


Alguns anjos especiais, têm um papel muito importante em nossas vidas particulares. São os Anjos da Guarda. São criaturas especiais, que pela grande bondade e amor de Deus por cada um de nós em particular, nos é confiado por Deus, desde o nosso nascimento. Assim, desde que uma criança nasce, no momento do parto, por determinação Divina, o Anjo da Guarda daquele novo ser assume o seu posto de guardião e jamais se afasta, até o retorno da sua Alma à eternidade.

É importante realçar esta realidade: sempre que nasce uma criatura na Terra, o Criador providencia o nascimento de seu Anjo da Guarda no Céu.


Então, significa dizer que cada Anjo Custódio é específico, ou seja, é feito especialmente para uma pessoa.


O Santo Anjo da Guarda tem uma missão insubstituível ao longo da existência. Embora sempre silencioso e oculto, inspira a prática das boas intenções e boas obras; ilumina o espírito na busca da verdade, para que a mente não se afaste da doutrina correta; insinua sugestões a problemas de difícil solução; conduz as pessoas a cultivarem santos ideais, com o objetivo maior de dilatar cada vez mais o reino de Deus; estimula a prática da fidelidade, da justiça e do amor fraterno, zelando e orientando as pessoas pelo caminho da salvação eterna.


Por sua natureza Angélica espiritual, o Santo Anjo da Guarda é bonito, formoso, cativante e delicado, porque é uma emanação da beleza e das virtudes do Criador. A beleza Angélica está relacionada diretamente com as virtudes, dons e prerrogativas que o Anjo recebeu do Senhor.


São Bernardo de Claraval resume em três atitudes o comportamento que as pessoas devem ter em relação ao Santo Anjo da Guarda:


- Atitude de RespeitoPorque é um ser mais perfeito e mais digno do que nós.

- Atitude de Confiança para confidenciar-lhe as dificuldades e pedir-lhe ajuda, luzes e disposição para cumprirmos a missão da vida.

- Atitude de Amor, Devoção e Gratidão, a fim de que sejamos dóceis às suas inspirações, porque na realidade são inspirações de Deus. Ter confiança nas iniciativas dele e agradecer ao Santo Anjo da Guarda a preciosa e benéfica intercessão junto ao Criador.

Por fim, nunca podemos nos esquecer que o Anjo da Guarda diariamente está diante da Face do Senhor. Então, verdadeiramente ele é um poderoso aliado se soubermos desfrutar de sua fiel e perseverante amizade.


"A função principal do Anjo da Guarda é iluminar-nos em relação à verdade e à boa doutrina. Mas sua proteção acarreta também muitos outros efeitos, tais como reprimir os demônios e impedir que nos sejam causados danos espirituais ou corporais". Eles "rezam por nós e oferecem nossas preces a Deus, tornando-as mais eficazes pela sua intercessão (Apoc. 8, 3; Tob. 12, 12), sugerem-nos bons pensamentos, incitando-nos a fazer o bem (At. 8, 26; 10, 3ss). Do mesmo modo, quando nos infligem penas medicinais para nos corrigir (2 Sam. 24, 16): e, mais importante que tudo, quando nos assistem na hora da morte, fortalecendo-nos contra os supremos assaltos do demônio".


Algumas almas muito eleitas, que conservaram intacta sua inocência e candura batismal ao longo da vida, por especial privilégio de Deus tiveram a dita de ver seu Anjo da Guarda. Assim sucedeu com São Geraldo Magela, Santa Francisca Romana, Santa Gema Galgani e outros Santos.


O desvelo do nosso Anjo da Guarda para conosco está bem expresso pelo Profeta Davi no Salmo 90: "O mal não virá sobre ti, e o flagelo não se aproximará da tua tenda. Porque mandou [Deus] os seus Anjos em teu favor, que te guardem em todos os teus caminhos. Eles levar-te-ão nas suas mãos, para que o teu pé não tropece em alguma pedra" (Sl. 90, 10-12).


Evidentemente, todas essas maravilhas do mundo angélico deveriam levar-nos a um profundo amor, reverência e gratidão especialmente para com nosso Anjo da Guarda, evitando tudo aquilo que possa contristá-lo, como são nossos pecados. "Como te atreverias a fazer na presença dos Anjos aquilo que não farias estando eu diante de ti?", interpela-nos o grande São Bernardo.


E deveríamos fazer tudo o que sabemos poder alegrar o Anjo da Guarda, pois só assim estaremos trabalhando efetivamente para nossa própria santificação e salvação. O dia em que celebramos os Santos Anjos da Guarda é 02 de outubro.

Como já vimos, os Anjos são seres puramente espirituais, dotados de inteligência, vontade e livre arbítrio, elevados por Deus à ordem sobrenatural, isto é, chamados pela graça a participar na vida de Deus através da visão beatífica. Muitíssimo mais perfeitos que os homens, sua inteligência é inerrante e sua vontade imensamente poderosa. Como não têm dependência nenhuma da matéria, seu conhecimento é consideravelmente mais perfeito que o do homem; para eles, ver é já conhecer. E conhecer significa compreender a coisa em toda a profundidade de que são capazes, em sua substância, e sem possibilidade de erro.


Por isso, a prova, para eles, teve conseqüência imediata e irremediável. Pois seu querer é absoluto, sem volta atrás. Aquilo que querem, desejam-no para todo o sempre. Daí o fato de, após a prova, terem passado imediatamente à eternidade do Inferno (os demônios), como à do Céu (os anjos bons).
“A Igreja ensina que os anjos maus, tinham sido anteriormente bons, criados por Deus. Com efeito o diabo e outros demônios, foram por Deus, criados bons em (sua) natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa.” A Escritura fala de um pecado desses anjos. Esta “queda” consiste na opção livre desses espíritos criados, que rejeitaram radical e irrevogavelmente a Deus e Seu Reino. É o caráter irrevogável de sua opção, e não uma deficiência da infinita misericórdia divina, que faz com que o pecado dos anjos não possa ser perdoado. “Não existe arrependimento para eles depois da queda, como não existe para os homens após a morte.”


Contudo, o poder de Satanás não é infinito. Ele não passa de uma criatura, poderosa pelo fato de ser puro espírito, mas sempre criatura: não é capaz de impedir a edificação do Reino de Deus.


Muitas pessoas, hoje em dia, não querem falar sobre este tema (Anjos), por temor de encontrar-se ante um conflito de consciência penoso e insolúvel: ou se aceita com a Igreja a existência destes seres misteriosos, o que valeria ser assinalado, desagradavelmente entre os antiquados, ou se declara francamente contra a existência dos Anjos, o que significa opor-se à fé da Igreja e ao sentido claro do Evangelho. Portanto, a muitos parece melhor ignorar este problema.

Ninguém pode amar o que não conhece. Assim é que, para a maioria dos cristãos, crer nos Anjos parece ser quase a mesma coisa que acreditar em Papai Noel. Porém recordemos algo que disse o Papa Pio XI: “Acercar-se deste mistério tão formoso, fascinante e magnífico do mundo grandioso dos espíritos puros, nos revela novas dimensões da sabedoria, onipotência, magnificência e Amor infinito de Deus”.


Se o homem moderno carece de conhecimento acerca da existência e do poder dos Anjos, não quer dizer que esta existência e este poder se vão eliminar, pelo contrário, o espírito humano se empobrece e debilita, se põe em grave perigo e se despoja de uma poderosa ajuda ao negar esta realidade.


Assim também o cristão, e a humanidade inteira, não ganha nada se faz como se não existissem estes seres invisíveis, amistosos, enviados por Deus para acompanhar o homem em todos os seus caminhos (Salmo 90), protegê-lo, defendê-lo e iluminá-lo.


Os anjos são mais um exemplo do grande amor que Deus tem por cada um de nós em particular.

ANJO DA GUARDA

P: O que o nosso Anjo da Guarda faz depois da nossa morte?
R: O Catecismo da Igreja Católica, referindo-se aos santos anjos, ensina no número 336 que, "desde o início até a morte, a vida humana está cercada de sua custódia e intercessão." 

A partir disso, conclui-se que a pessoa conta com a proteção e guarda do seu anjo mesmo no momento da sua morte. Ou seja, os anjos não nos acompanham somente nesta vida, mas sua ação se prolonga até nossa morte, nossa passagem para a vida eterna.

Para entender a relação que une os anjos às pessoas no momento de sua passagem à outra ida, é preciso compreender que os anjos foram “enviados para todos aqueles que hão de herdar a salvação” (cf. Hb 1, 14).

Ou seja, a principal missão do anjo da guarda é a salvação do ser humano, é fazer que a pessoa entre na vida de união com Deus. E, nesta missão, encontra-se a assistência que o anjo dá às almas no momento em que se apresentam diante de Deus.

Os Padres da Igreja destacam a especial missão dos anjos de assistir as almas na hora da morte e protegê-las dos últimos ataques dos demônios.

São Luís Gonzaga (1568-1591) ensina que, no momento em que a alma abandona o corpo, esta é acompanhada e consolada pelo seu anjo da guarda para que se apresente com confiança diante do tribunal de Deus.

Segundo o santo, o anjo apresenta os méritos de Cristo, para que neles se apoie a alma no momento do seu juízo particular; e, uma vez pronunciada a sentença pelo Divino Juiz, se a alma é enviada ao purgatório, esta recebe a visita frequente do seu anjo da guarda, que a conforta e consola, levando-lhe as orações que foram feitas por ela e garantindo-lhe sua futura libertação.

A missão dos anjos da guarda continua até levar a alma à união dom Deus.

No entanto, é necessário levar em consideração que, depois da morte, nos espera um juízo particular, no qual a alma, diante de Deus, pode escolher entre abrir-se ao amor de Deus ou rejeitar definitivamente seu amor e seu perdão, renunciando assim, para sempre, à comunhão alegre com ele (cf. João Paulo II, audiência geral de 4 de agosto de 1999).

Se a alma decide entrar em comunhão com Deus, seu anjo se unirá a ela para louvar eternamente o Deus Uno e Trino.

Se a alma precisa passar pelo purgatório, seu anjo intercederá por ela diante do trono de Deus e buscar ajuda entre os homens na terra para levar orações ao seu protegido, ajudando-o a sair do purgatório o quanto antes.

As almas que decidem rejeitar definitivamente o amor e o perdão de Deus, também rejeitam a amizade eterna do seu anjo da guarda. Neste terrível evento, o anjo louva a justiça e santidade divinas.

Em qualquer um dos três possíveis cenários (céu, purgatório ou inferno), o santo anjo sempre se alegrará com o juízo de Deus, pois ele se une de maneira perfeita e total à vontade divina.

Nunca nos esqueçamos de que nós podemos nos unir aos anjos dos nossos entes queridos já falecidos, para que eles levem nossas orações diante do trono de Deus, para que o Senhor manifeste sua misericórdia.

Por: Pe. Antônio Maria Cárdenas
Fonte: Aleteia

sábado, 26 de novembro de 2011

ATEÍSMO

P: O que é o ateísmo?
R:
O ateísmo é uma prática que está cada vez mais difundida e aceita em nossa sociedade humana. Muitas sociedades, a maioria delas altamente desenvolvidas, têm no ateísmo a sua forma de vida, tentando de todas as formas possíveis destruir tudo que possa lembrar o nosso Deus. 

Haja visto que na Europa, diversos países proibiram até a colocação de nossos símbolos cristãos, como a cruz de Cristo, em lugar públicos. 

Aqui no Brasil, essa prática vem acontecendo em algumas cidades, com o disfarce de que outras religiões não são obrigadas a verem os nossos símbolos religiosos. 

Essas atitudes, devem preocupar todas as pessoas de boa-vontade, principalmente as cristãs, já que está por trás dessa prática, a própria recusa ao Cristo Jesus e à sua Igreja. São normalmente movimentos que vão infiltrando sua forma de pensar nos meios de comunicação e nas repartições públicas e se puderem em todos os lugares, como nos nossos próprios lares, com o intuito único de eliminarem de vez a fé em Jesus Cristo e em tudo o que é divino. 

Esse é o grande perigo que nós cristãos temos que enfrentar no mundo atual. Um inimigo oculto, que não aparece, mas que é muito perspicaz em suas ações, que podemos chamar de demoníacas.

Nós cristãos, principalmente nós católicos, temos a obrigação de defendermos o nosso Cristo Jesus e sua Igreja e não devemos ter vergonha de expressarmos a nossa fé e de propagá-la a todos. Como o próprio Jesus Cristo nos solicitou: “Ide e pregai o Evangelho a todas as criaturas.”


O nosso Catecismo da Igreja Católica nos alerta para o perigo do ateísmo e as suas diversas formas que se apresentam:


§2123 – “Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas de nosso tempo.


§2124 – “O termo ateísmo, abrange fenômenos muito diversos.
- Uma forma frequente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo.
- O humanismo ateu considera falsamente que o homem é “seu próprio fim e o único artífice e demiurgo de sua própria história”.
- Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem pela via econômica e social, sendo que “a religião, por sua própria natureza, impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem numa quimérica vida futura, o desviaria da construção da cidade terrestre”.


§2125 – “Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra a virtude da religião. A imputabilidade desta falta pode ser seriamente diminuída em virtude das intenções e das circunstâncias. Na gênese e difusão do ateísmo, “grande parcela de responsabilidade pode caber aos crentes, na medida em que, negligenciando a educação da fé, ou por uma exposição enganosa da doutrina, ou por deficiência em sua vida religiosa, moral e social, se poderia dizer deles que mais escondem do que manifestam o rosto autêntico de Deus e da religião”. Muitas vezes o ateísmo se funda em uma concepção falsa da autonomia humana, que chega a recusar toda dependência em relação a Deus. Contudo, “o reconhecimento de Deus não se opõe de modo algum à dignidade do homem, já que esta dignidade se fundamenta e se aperfeiçoa no próprio Deus”.


O ATEÍSMO NAS UNIVERSIDADES



O início da vida acadêmica marca também o início do conhecimento do liberalismo moral. Estatisticamente já foi comprovado que o público acadêmico é muito mais liberal moralmente que as pessoas que não fazem parte desse ambiente.
E é justamenteo liberalismo moral que faz com que os jovens deslizem na direção do ateísmo. Isso se dá porque o jovem começa a pecar, seja frequentando as chamadas "baladas" ou mesmo seja cometendo pecados sexuais, transgressões diversas. Ora, para um jovem com alguma noção religiosa trazida da família, isto traz conflitos internos. Neste momento, o que acontece é que tanto os professores da Universidade quanto os próprios colegas desse jovem oferecem uma solução mágica para o seu drama de consciência: a relativização do certo e do errado e decretação da autonomia do homem (ateísmo).
Assim, a pessoa é introduzida no relativismo moral, quando não existe uma verdade, mas variantes, de acordo com o entendimento de cada um. Sendo assim, todas as opiniões são válidas. Ousar discordar ou afirmar que existe uma só verdade torna o indivíduo um ditador, pois estará querendo impor a sua própria moral. O indivíduo se torna um imperalista moral!
Este fenômeno é o que o Papa Emérito Bento XVI chamava de "ditadura do relativismo":
"Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar "aqui e além por qualquer vento de doutrina", aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades." (Missa pro eligendo Pontífice, 18/04/2005) [1]
Nesse sentido, o homem toma o lugar de Deus e o campus universitário pode ser comparado com o lugar onde o homem colhe o fruto da árvore proibida, da árvore do bem e do mal e torna-se um homem 'para além do bem e do mal'[2], numa independência total, na qual se pode afirmar: "eu sou Deus, eu determino o que é o bem, eu determino o que é o mal". A ideia de haver um criador é absurda, pois é o próprio homem quem tudo define e determina.
O filósofo ateu Friedrich Nietzsche, morto no ano de 1900, é o porta-voz dessa mentalidade que se instalou nas universidades. Em seu livro "Assim falava Zaratrusta", no capítulo chamado "Ilhas Bem-Aventuradas", ele profere o seguinte aforismo: "Meus irmãos, eu irei abrir-vos claramente a minha consciência: se existissem deuses, como suportaria eu não ser um deus? Logo, os deuses não existem."
Ora, esse raciocínio de Nietzsche não tem nada de científico, é uma falácia total. É algo que não se sustenta, mas, infelizmente, convence interiormente quem vive o drama de sua consciência. Então, se o jovem sente o peso de sua consciência é muito mais difícil ir a um confessionário e fazer o propósito de emendar-se. Mais fácil é, com uma canetada, tirar Deus da lista e atribuir aqueles sentimentos a uma educação retrógrada, conservadora, ultrapassada. Os tempos são outros, modernos, o pecado é coisa de antigamente, agora, cada geração, cada sociedade determina o certo e o errado. Melhor ainda, cada pessoa pode fazer a sua própria lei, de acordo com as suas próprias convicções e vontades. Tudo é relativo. Sendo assim, o homem se torna deus, se coloca no lugar de Deus.
É por isso que nas universidades o que se tem não é um crescente ateísmo, mas sim, uma crescente idolatria. Elas são especialistas, em seu ambiente, em amordaçar a voz da consciência, inserindo os jovens na chamada "ditadura do relativismo". O preço que se paga por isso é muito alto, pois as pessoas, ao se declararem autônomas, independentes de Deus imaginam que se tornam livres. Mas, não é isso que acontece, pelo contrário, elas se tornam escravas da tristeza, do vazio, do pecado.
A virtude, por sua vez, não vicia. Jamais se ouvirá dizer que alguém está viciado na generosidade, já na avareza sim. Uma pessoa não é viciada na castidade, mas na luxúria, no sexo desregrado, sim. Outra não pode ser viciada na sobriedade, mas na droga, no álcool, sim. Portanto, o homem, ao querer se libertar de Deus, escraviza-se, descendo abaixo de sua própria natureza.
Deus não dificulta a autonomia humana, pelo contrário, "a verdade vos libertará", disse Jesus Cristo. Os ambientes universitários devem ser lugares em que se busca a Verdade. Na medida em que ela é descoberta, aceita e praticada, consequentemente todos haverão de se colocar a serviço do conhecimento e da ciência, o que, no final, é o cerne da vocação de todo universitário.
Fontes: Catecismo da Igreja Católica - CIC / site do Pe.Paulo Ricardo

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

AVE-MARIA - explicada

P: Qual o significado da oração da Ave-Maria?
R: Vejamos a seguir a oração da Ave-Maria explicada parte por parte:

1 – “Ave, Maria (alegra-te, Maria).”  (Lc 1,28)

A saudação do anjo Gabriel abre a oração da Ave-Maria.
É o próprio Deus que, por intermédio de seu anjo, saúda Maria.
Nossa oração ousa retomar a saudação de Maria com o olhar que Deus lançou sobre sua humilde serva, alegrando-nos com a mesma alegria que Deus encontra nela.

Alguns usam Salve Maria em muitas orações, pois acham errado dizer Ave, pois era uma saudação romana, mas  quando a Bíblia foi traduzida para o latim, São Jerônimo utilizou a forma romana.

Dizer Ave ou Salve, hoje , para nós não há muita diferença, já que são saudações que caíram em desuso, porém por séculos a oração ficou conhecida como Ave Maria.

2 – “Cheia de graça, o Senhor é convosco.” (Lc1,28)

As duas palavras de saudação do anjo se esclarecem mutuamente.
Maria é cheia de graça porque o Senhor está com ela.  A graça com que ela é cumulada é a presença daquele que é a fonte de toda graça.

”Alegra-te, filha de Jerusalém… o Senhor está no meio de ti” (Sf 3,14.17a).

Maria, em quem vem habitar o próprio Senhor, é em pessoa a filha de Sião, a Arca da Aliança, o lugar onde reside a glória do Senhor: ela é “a morada de Deus entre os homens” (Apoc 21,3).

”Cheia de graça”, e toda dedicada àquele que nela vem habitar e que ela vai dar ao mundo.

3 – “Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.” (Lc 1,41)

Depois da saudação do anjo, tornamos nossa a palavra de Isabel.

“Repleta do Espírito Santo” (Lc 1,41), Isabel é a primeira na longa série das gerações que declaram Maria bem-aventurada’: “Feliz aquela que creu…” (Lc 1,45):

Maria é “bendita entre as mulheres” porque acreditou na realização da palavra do Senhor.

Abraão, por sua fé, se tomou uma bênção para “todas as nações da terra” (Gn 12,3).

Por sua fé, Maria se tomou a mãe dos que crêem (Apoc 12,17) (Jo 19, 26-27), porque, graças a ela, todas as nações da terra recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: “Bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.

4 -  “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós…”

Com Isabel também nós nos admiramos: “Donde me vem que a mãe de meu Senhor me visite?” (Lc 1,43).

Porque nos dá Jesus, seu filho, Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe; podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por nós como rezou por si mesma:
“Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de Deus: “Seja feita a vossa vontade”.

Maria é Mãe de Deus, pois foi de Maria que nasceu Jesus (Mt 1, 16) (Gal 4,4) , o nosso Senhor (Lc 1,43), Filho de Deus (Lc 1,35) e Deus (Jo 1,1), (Jo 5,18) com o Pai e o Espírito Santo (Mt 28,19).Maria é Mãe de Deus, pois Jesus não é metade homem e metade Deus, Ele é Deus e homem ao mesmo tempo.

Maria é Mãe no sentido de ter gerado em seu ventre e em seu coração Jesus, nosso Senhor e Deus.

5 – “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte.”

Assim, pedindo a Maria que reze por nós, reconhecemo-nos como pobres pecadores e nos dirigimos à “Mãe de misericórdia”  (Jo 2,3),  à Toda Santa (Lc 1,28).

Entregamo-nos a ela “agora”, no hoje de nossas vidas.E nossa confiança aumenta para desde já entregar em suas mãos “a hora de nossa morte”, pois nessa hora compareceremos diante de Deus (Hb 9, 27) para sermos julgados.

Que ela esteja então presente, como na morte na Cruz de seu Filho, e que na hora de nossa passagem ela nos acolha como nossa Mãe (Jo 19,27) , para nos conduzir a seu Filho, Jesus, no Paraíso, pois o seu pedido é poderoso (Jo 2, 3ss).

BATISMO

P: Para que ser batizado?
R:
O batismo nos torna filhos e filhas de Deus, herdeiros das promessas de Jesus e com os direitos e deveres que todo cristão tem ao professar a sua fé.
Muitos pais, infelizmente, levam seus filhos para serem batizados na Igreja Católica, para que eles possam ficar livres de mau-olhados; alguns pensam que ao serem batizados, seus filhos ficam livres de doenças etc. São erros que devem ser corrigidos, pois assim como os pais têm a obrigação de batizarem seus filhos para torná-los filhos de Deus, também assumem a responsabilidade perante o próprio Deus de os educarem na Igreja e os acompanharem na sua caminhada de fé, orientando-os e apoiando-os.


O batismo é o primeiro sacramento que nós recebemos. Aquele que nos inicia na vida religiosa, mesmo sem termos consciência imediata daquele momento, pois o recebemos ainda quando somos muito pequenos, na grande maioria das vezes. Por isso a importância dos pais e padrinhos.
É no batismo que recebemos o Espírito Santo de Deus pela primeira vez e dessa forma passamos a ser templo desse mesmo Espírito.


Somente após o batismo podemos receber os demais sacramentos.


O batismo é mais importante para o cristão, do que o nosso próprio nascimento, pois nascemos para Deus.
P: Que elementos são usados no Batismo e o que significam?
R: É muito necessário explicar o sentido dos elementos materiais usados no rito do batismo. A linguagem verbal, as palavras, leituras e cânticos da celebração do batismo são excelentes, abundantes e fáceis de compreender, ainda que às vezes precisem de explicações.


No entanto, a linguagem não verbal, ou seja, dos sinais, gestos simbólicos e elementos como a água, o óleo e a luz precisam de uma explicação detalhada para que se compreenda por que são usados e que efeitos espirituais produzem em quem os recebe com fé.


Convém explicar estes símbolos para descobrir as realidades espirituais que significam e realizam realmente. Tais sinais precisam ser autênticos, verdadeiros e não fictícios, “adaptados à capacidade dos fiéis e, em geral, não devem requerer muitas explicações” (SC 34).

No batismo, são utilizados, além da água: o óleo dos catecúmenos, o crisma, a veste branca e o círio aceso. São sinais claros que simbolizam realidades espirituais.

água é a principal matéria do batismo. É a fonte da vida, é o elemento que gera a vida, sem a água não pode existir a vida. Esse simbolismo é trazido para o batismo, no sentido de que o batismo também nos dá a vida em Jesus Cristo. Nos faz nascer para Jesus, que é a Fonte de Vida Eterna. E, quem beber dessa água que é Jesus, nunca sentirá sede.

óleo dos catecúmenos recorda aquele utilizado pelos atletas antes das competições, para ficar mais fortes, ágeis e alegres.
Este óleo aplicado no peito é como um escudo que afasta o demônio e defende a fé. Tudo o que se recebe no batismo não é apenas simbólico, mas real, e vai se tornando eficaz ao longo da vida.

crisma é o óleo perfumado, consagrado pelo bispo na Páscoa, e serve para consagrar e marcar o cristão como pessoa sagrada, pertencente à família de Deus.
Tal óleo é usado no batismo, na confirmação e na ordenação sacerdotal. Em teologia, diz-se que ele “imprime caráter”, ou seja, marca, sela para sempre; por isso, estes são sacramentos que não se repetem.

roupa branca às vezes é representada apenas por um véu sobre a cabeça. Para expressar seu sentido, deveria ser um vestido novo ou túnica branca, que recorda as túnicas brancas que os batizados recebiam na Páscoa, nos primeiros tempos do cristianismo.
As vestes brancas simbolizam a limpeza e a dignidade de vida do cristão, ajudado pela palavra e pelo exemplo dos seus.

vela acesa que se entrega aos padrinhos lhes recorda e dá a capacidade para fazer que Cristo, que é a luz do mundo, ilumine o afilhado com a fé, por meio das palavras, do exemplo e da ajuda dos padrinhos.

compromisso dos padrinhos é muito sério, pois eles devem substituir os pais, caso cheguem a faltar, na parte material e espiritual, para que seus afilhados mantenham a fé.

source: SIC
Fonte: Aleteia

domingo, 20 de novembro de 2011

BÍBLIA - LIVRO SAGRADO

SETEMBRO - MÊS DA BÍBLIA - O LIVRO DA PALAVRA DE DEUS

P: Por que setembro é considerado o mês da Bíblia ?


R: No dia 01 de setembro, iniciou-se mais um mês da Bíblia, período em que se busca de maneira especial desenvolver o conhecimento da Palavra de Deus e a aplicação desta na vida cotidiana, como exortou o Papa Francisco em diferentes momentos. 
Em outubro de 2014, durante a abertura do Sínodo Extraordinário da Família, no Vaticano, Francisco ressaltou que “a Bíblia não é para ser colocada em um suporte, mas para estar à mão, para lê-la frequentemente, cada dia, seja individualmente ou juntos, marido e mulher, pais e filhos, talvez de noite, especialmente no domingo”.
Durante outras ocasiões, como nas Audiências gerais e nos Ângelus na Praça de São Pedro, o Pontífice aconselhou os fiéis a carregarem consigo um evangelho de bolso, para que possa ser lido a qualquer momento.
“Hoje se pode ler o Evangelho também com muitos instrumentos tecnológicos. Pode-se trazer consigo toda a Bíblia num telefone celular, num tablet. O importante é ler a Palavra de Deus, com todos os meios, e acolhê-la com o coração aberto. E então a boa semente dá fruto!”, afirmou durante a oração mariana, em 6 de abril de 2014.
O mês da Bíblia teve início em 1971, por ocasião do cinquentenário da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Foi levado adiante com a colaboração do Serviço de Animação Bíblica da Congregação das Paulinas (SAB). Posteriormente, foi assumido pela Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e estendeu-se ao âmbito nacional.
A escolha do mês de setembro para dedicar-se à Bíblia deve-se ao fato de no dia 30 de setembro ser comemorado o dia de São Jerônimo. Este santo foi quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico, grego e alguns trechos em aramaico) para o latim.
A tradução feita por São Jerônimo chama-se a “Vulgata” (de “vulgata editio”, “edição para o povo”) e foi o texto bíblico oficial da Igreja Católica até a “Neovulgata” em 1979.
Este mês dedicado à Bíblia tem como objetivo: contribuir para o desenvolvimento das diversas formas de presença da Bíblia, na ação evangelizadora da Igreja, no Brasil; criar subsídios bíblicos nas diferentes formas de comunicação; facilitar o diálogo criativo e transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades.
A cada ano, a Comissão Episcopal de Animação Bíblico-Catequética da CNBB e as Entidades Bíblicas escolhem o tema e o lema do mês da Bíblia. Neste ano, o tema é “Discípulos e Missionários a partir do Evangelho de João” e o lema, “Permanecei no meu amor para produzir muitos frutos” (Jo 15, 7-16).
De acordo com Dom Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR) e presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, “a escolha do tema tem como objetivo reforçar a consciência de que nosso discipulado missionário não é apenas um caminho que se realiza no interno da comunidade eclesial. Queremos ser discípulos missionários que se integrem em projetos que buscam qualificar a vida humana, a vida de todo o planeta terra e inclusive a refletir a perspectiva da vida eterna”.
A primeira tradução da Bília, foi feita do hebraico para o grego, e é conhecida como "septuaginta". A Bíblia já foi traduzida para 2.544 idiomas, em quase todos os países do mundo.
É o Livro mais vendido no mundo, passando dos 4 bilhões de livros.
Fonte: Acidigital / Blog: Alicerçando a fé

BÍBLIA - INTRODUÇÃO AO AT

P: O que nos revela o Antigo Testamento das Sagradas Escrituras?
R: -  A BÍBLIA É dividida em 2 GRANDES partesAT  e  NT
73 Livros (46 AT  +  27 NT)   -   BÍBLIA CATÓLICA  é diferente da  BÍBLIA PROTESTANTE na quantidade de Livros que contém, pois a protestante tem 66 LIVROS. 

-  O AT  contém  46 Livros - e relata a história da preparação do povo escolhido por Deus para receber a vinda de SEU único filho: Jesus Cristo

- Essa preparação foi muito difícil e demorada, tendo em vista que Deus escolheu um povo que tinha uma espiritualidade totalmente contrária a que era necessária para receber Jesus Cristo.

- O povo hebreu, povo escolhido, era em sua maioria pagão e adorava vários deuses, pois todos os povos naquela região, Oriente Médio, recebia uma influência muito grande do povo grego.

- A Grécia, junto com o EGITO, naquela época, era a nação mais desenvolvida em todos os aspectos, inclusive na espiritualidade. Tinha vários deuses e uma espiritualidade toda própria baseada na mitologia.

- Além disso, o povo Hebreu, foi formado pela congregação de vários outros povos ateus, mercadores, mercenários, etc de diversas regiões próximas, tais como: AMORREUS, AMONITAS, MOABITAS, MEDIANITAS, ARAMEUS, etc.

- O povo Hebreu sofreu também forte influência dos diversos povos que invadiram e dominaram Jerusalém, após a chegada à terra prometida.

- Tudo isso fez com que o povo Hebreu fosse um povo sofredor, lutador e que passou por muitas mudanças  ao longo do tempo, até a chegada de Jesus Cristo.

Os Livros que compõem o  AT são divididos em 5 estilos literários principais:
Ø  PENTATEUCO
Ø  HISTÓRICOS
Ø  POÉTICOS
Ø  SAPIENCIAIS
Ø  PROFÉTICOS

Nesses 5 estilos literários podemos contemplar a beleza da narração da criação do Universo, dos seres vivos e do Homem. Tomamos ciência de quão difícil foi para o Homem entender e aceitar a Grandiosidade, a Divindade e a Imensidão do Amor de Deus pelos seus filhos muito amados, que são todas as criaturas sobre a face da terra.

Vimos como foi demorada e complexa a preparação do Povo escolhido por Deus para receber o Seu Filho Jesus Cristo, tendo em vista a liberdade dada ao Homem por Deus desde o início da Criação, permitindo a sua recusa, queda, auto-suficiência, arrogância etc, que dificultaram muito a abertura de seus corações ao Grande Amor de Deus.

Mas o AT nos apresenta também, o quão é grandioso e misericordioso o Amor de Deus por nós, nos aceitando e acolhendo quando nos reerguemos de uma queda no pecado. Deus está sempre disposto a nos receber de volta, se alegrando com cada retorno nosso aos seus braços, após um momento de afastamento Dele, quando escolhemos o pecado ao invés do Seu Amor.

O AT nos mostra ainda, a absoluta confiança de Deus nas suas criaturas, mesmo sendo elas fracas e pecadoras, fazendo de cada fraqueza nossa um alicerce para nos transformar em instrumentos de evangelização e multiplicação da Sua Mensagem Salvívica. Assim o AT está cheio de exemplos de homens e mulheres, que mesmo com as suas deficiências e dificuldades, foram bons instrumentos nas mãos de Deus para a preparação da vinda de Seu Filho Jesus Cristo.

A leitura dos Livros do AT é muito enriquecedora para que, tomando como exemplo de vida os personagens e os acontecimentos que nos são apresentados, possamos viver, hoje em dia, com a incontestável certeza de que  Deus é o criador de todas as coisas, é a fonte de toda a verdade e é fiel àqueles que o adoram, e mais, tudo o que Ele fez, o fez para que nós pudéssemos viver a plena felicidade no Seu Amor de Pai.

Nos mostrou ainda, que para amá-lo e adorá-lo, não precisamos de mais nada do que abrir o nosso coração a ELE. De uma forma simples e carinhosa Ele nos acolhe e nos consola.

Muitos podem pensar que o Deus do AT era um Deus  vingador, que castigava, que tinha que ser temido. Mas não, pois Deus é um só, na Santíssima Trindade, e o mesmo Deus que nos é apresentado no AT , também o é no Novo Testamento; um Deus que é Pai, é misericordioso, amoroso e carinhoso com todo o seus filhos.

- Vejamos agora  os principais Livros do AT que narram basicamente essa história da formação do povo hebreu. São eles:

PENTATÊUTICO  OU  TORÁ  (LIVRO SAGRADO DO JUDAÍSMO)

Ø Genesis

Ø  Êxodo
Ø  Levítico - LEIS                                          
Ø  Números - RECENSEAMENTO
Ø  Deuteronômio - 2a. LEI

LIVROS HISTÓRICOS:

Ø  Josué
Ø  Juízes
Ø  Rute
Ø  Samuel
Ø  Reis
Ø  Crônicas
Ø  Esdras
Ø  Neemias
Ø  Tobias
Ø  Judite
Ø  Ester
Ø  Macabeus

LIVROS POÉTICOS E SAPIENCIAIS:

Ø 
Ø  Salmos
Ø  Provérbios
Ø  Eclesiastes
Ø  Cântico dos Cânticos
Ø  Sabedoria
Ø  Eclesiástico

LIVROS PROFÉTICOS:

Ø  Isaías
Ø  Jeremias
Ø  Lamentações
Ø  Baruc
Ø  Ezequiel
Ø  Daniel
Ø  Oséias
Ø  Joel
Ø  Amós
Ø  Abdias
Ø  Jonas
Ø  Miquéias
Ø  Naum
Ø  Habacuc
Ø  Sofonias
Ø  Ageu
Ø  Zacarias
Ø  Até o profeta  MALAQUIAS  (último livro do AT)


- GÊNESIS

- Narra a criação do mundo e dos seres vivos - criação dos SERES HUMANOS


- 2 relatos DA CRIAÇÃO:   
    
Gen 1  -  PRIMEIRO RELATO  -  CRIAÇÃO DO UNIVERSO  
·         1o dia - fez-se a LUZ
·         2o dia - FIRMAMENTO
·   3o dia - separação da terra da água e colocou a vegetação sobre a terra
·         4o dia - SOL, LUA  e as ESTRELAS
·         5o dia - AVES e PEIXES
·         6o dia - ANIMAIS e HOMEM
·         7o dia - DESCANSO

Gen 2  -  SEGUNDO RELATO  -  CRIAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER  (ADÃO  e  EVA)


- O PRIMEIRO PECADO (Gen 3)  -  Querer ser igual a Deus  -  PECADO ORIGINAL  - com o qual todos nós nascemos


- PROTO-EVANGELHO  (Gen 3,15)  


- PRIMEIRO CRIME  (Gen 4)  -  CAIM  matou  ABEL  -  INVEJA


- A HISTÓRIA DE NÓE  - O DILÚVIO  (Gen 6)  - Devido a perversão, corrupção e maldade do Homem


- A TORRE DE BABEL  (Gen 11)  -  O HOMEM QUERENDO ALCANÇAR DEUS - confusão


- A DESTTRUIÇÃO DE SODOMA e GOMORRA  (Gen19)  -  BLASFEMARAM CONTRA DEUS  -  A mulher de virou estátua  de sal.


Acabamos de ver acima uma série de respostas negativas dadas pelo Homem ao Amor de Deus. Mas mesmo assim, Deus não desiste do Homem e quer dar-lhe a chance de conhecerem a Sua Face através da vinda de Seu Filho Jesus Cristo. Aí começa então a história da formação e preparação do povo que vai recebê-lo.


A HISTÓRIA DA PREPARAÇÃO DO POVO ESCOLHIDO

- Tudo começou a 2.000 a.c.  com ABRAÃO (PAI DE TODOS OS POVOS)  - UR (antiga MESOPOTÂMIA - BABILÔNIA - CALDÉIA)  - no atual  IRAQUE

- ABRAÃO  -  PAI DA FÉ  -  1a. ALIANÇA  (Gen 12)

- REI DA BABILÔNIA =  HAMURABI  -  CÓDIGO DE HAMURABI  -  DE ONDE SAÍRAM TODAS AS LEIS DO MUNDO

- 1o FILHO DE ABRAÃO - ISMAEL   (com a serva de sua mulher, AGAR) - dizem alguns    teólogos, que foi a partir da descendência de Ismael surgiu o POVO MULÇUMANO                                                        
- 2o FILHO DE ABRAÃO - ISAAC   (com SARA, sua mulher estéril) (Gen 21)


 - ISAAC - 2a. ALIANÇA    
          
- O SACRIFÍCIO DE ISAAC  (Gen 22)

- ISAAC  E SUA MULHER REBECA TIVERAM 2 FILHOS  -  ESAÚ (PRIMOGÊNITO)  e  JACÓ  (Gen 25 - 27)

- JACÓ - 3a. ALIANÇA  -  12 FILHOS  com suas 4 mulheres (Gen 35)

-  HISTÓRIA DE JOSÉ  DO EGITO  (Gen 37 - 50)

- Com JACÓ  na terra prometida - GRANDE SECA
- JACÓ  E FILHOS VÃO PARA O EGITO  -  FICAM LÁ POR QUASE  400 ANOS  - GRANDE PROSPERIDADE  - INVEJA E REVOLTA DOS EGIPCIOS


- ÊXODO

- Narra a HISTÓRIA DA FORMAÇÃO do povo de Deus
- Foram 40 anos de CAMINHADA no deserto até a chegada na TERRA PROMETIDA - CANAÃ

- ESCRAVIDÃO  -  HISTÓRIA DE MOISÉS

- A SARÇA ARDENTE  (Ex 3)

- MOISÉS  e  AARÃO

- AS 11 PRAGAS DO EGITO

Ø  A ÁGUA TRANSFORMADA EM SANGUE   (Ex 7,14)
Ø  AS RÃS   (Ex 7,26)
Ø  OS MOSQUITOS   (Ex 8,12)
Ø  AS MOSCAS   (Ex 8,16)
Ø  A PESTE DOS ANIMAIS   (Ex 9,1)
Ø  AS ÚLCERAS   (Ex 9,8)
Ø  A CHUVA DE PEDRAS   (Ex 9,13)
Ø  OS GAFANHOTOS   (Ex 10,1)
Ø  AS TREVAS   (Ex 10,21)
Ø  A MORTE DOS PRIMOGÊNITOS   (Ex 12,29)

- A PASSAGEM DO ANJO DO SENHOR  =  PÁSCOA  DOS JUDEUS  (Ex 12)

- SAÍDA DO POVO HEBREU DO EGITO  (Ex 13,17)

- A ABERTURA DO MAR VERMELHO  (Ex 14,15)

- A CAMINHADA PELO DESERTO  -  ÊXODO  -  durou  40 ANOS

-  TÁBUAS DOS DEZ MANDAMENTOS  (Ex 20,1)

- Moisés quebre as Tábuas da Lei  (Ex 32,15)

- Novas Tabuas da Lei  (Ex 34,1)

- ÊXODO  -  Adesão de novos povos

- ÊXODO  -  FORMAÇÃO POLÍTICA E ORGANIZACIONAL DO POVO DE DEUS

-  CHEGANDO PRÓXIMO A TERRA PROMETIDA  -  MORTE DE MOISÉS  (Dt 34,1)

- Chegada na Terra Prometida - CERCO DE JERICÓ - JOSUÉ  (1.200 a.c.)  (Js 6,1)


ÊXODO  -  Exemplo de história do POVO DE DEUS para os dias atuais  -  para NÓS MESMOS  - Todos nós hoje em dia vivemos o nosso  ÊXODO  - pois estamos aqui na terra numa caminhada de preparação para um dia alcançarmos a TERRA PROMETIDA POR JESUS  =  O CÉU


- LEVÍTICO  -  NÚMEROS  -  DEUTERONÔMIO  =  ORGANIZAÇÃO DO POVO


- JUÍZES  - JOSUÉ / DÉBORA / GEDEÃO / JEFTÉ / SANSÃO / SAMUEL  - durou em torno de 165 anos (até por volta de 1.035 a.c.)


- JUIZES  (Ex 18,13) =  QUIBUT  -  SISTEMA PERFEITO  -  O SONHO DE TODOS OS POVOS ATÉ HOJE, onde:

Ø  SOCIEDADE IGUALITÁRIA
Ø  TODOS APRENDIAM TUDO
Ø  TUDO ERA PARA A COMUNIDADE
Ø  TUDO ERA DIVIDIDO POR TODOS SEGUNDO SUAS NECESSIDADES
Ø  NÃO EXISTIA SALÁRIO
Ø  TODOS TRABALHAVAM PARA A COMUNIDADE    =   COOPERATIVISMO

- ÚLTIMO DOS JUIZES  -  SAMUEL


- REIS 

-  Primeiro REI  -  SAUL

- Segundo REI  -    DAVI

- OS SALMOS DE DAVI

- Terceiro REI  -  SALOMÃO  - Pediu a Deus o dom da Sabedoria -  CONSTRUIU O TEMPLO DE JERUSALÉM


- REIS (filhos de Salomão):     
      
JEROBOÃO  -  REINO DO NORTE  -  ISRAEL  -  capital  SAMARIA

-  ROBOÃO  - REINO DO SUL  -  JUDÁ  -  capital  JERUSALÉM



- DESTRUIÇÃO DO REINO DO NORTE  (721 a.c.)  -  SAMARITANOS SUCUMBIRAM AOS ASSÍRIOS  -  VÁRIOS DEUSES

- COMEÇAM  AQUI  AS  INCOMPATIBILIDADES  ENTRE  OS  JUDEUS  E  OS  SAMARITANOS


- DESTRUIÇÃO DO REINO DO SUL  (600 a.c.)  - JERUSALÉM  DESTRUÍDA   POR  NABUCODONOSOR  (REI PERSA)  -  EXÍLIO BABILÔNICO (durou mais ou menos 50 anos)


- SEPTUAGINTA  =  70 ANCIÃOS  -  TRADUÇÃO DA BÍBLIA DO HEBRAICO PARA O GREGO - FEITA NO EGITO

A Bíblia de tradução grega foi a aceita e utilizada pelos hebreus e é a mesma que é utilizada por nós católicos do mundo inteiro hoje em dia, diferentemente dos protestantes, que utilizam a Bíblia de tradução hebraica, que contém 7 Livros a menos.


- CIRO (REI PERSA) - LIBERTA O POVO HEBREU PARA VOLTAR A JERUSALÉM (538 a.c.)


- LIVROS POÉTICOS e SAPIENCIAIS - DEPOIS DO EXÍLIO : ( JÓ / SALMOS / PROVÉRBIOS / ECLESIASTES / CÂNTICOS / SABEDORIA / ECLESIÁSTICO)


- LIVROS PROFÉTICOS  -  Os PROFETAS tiveram grande importância durante os momentos  de grande sofrimento do Povo de Deus, quando eram escravizados, retirados de sua terra, tinham o Templo destruído e muito mais. Tiveram grande importância também durante o Exílio Babilônico, para manter a fé do povo em Javé e na reconstrução de Jerusalém.

O PROFETAS do AT eram pessoas que tinham uma sensibilidade e espiritualidade muito grande, a ponto de entendendo a vontade de Deus e as necessidades do povo, conseguirem orientar, alertar e influenciar os governantes para que tudo corresse de forma a diminuir o sofrimento do povo e a vontade de Deus fosse atendida, além de manterem o povo fiéis ao Deus Javé.

O profeta era a ligação entre Deus e os Homens.


- Tempo do DOMÍNIO ROMANO (começa por volta de do ano 500 a.c.)


- NASCIMENTO DE JESUS - NT