APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

sábado, 26 de novembro de 2011

ATEÍSMO

P: O que é o ateísmo?
R:
O ateísmo é uma prática que está cada vez mais difundida e aceita em nossa sociedade humana. Muitas sociedades, a maioria delas altamente desenvolvidas, têm no ateísmo a sua forma de vida, tentando de todas as formas possíveis destruir tudo que possa lembrar o nosso Deus. 

Haja visto que na Europa, diversos países proibiram até a colocação de nossos símbolos cristãos, como a cruz de Cristo, em lugar públicos. 

Aqui no Brasil, essa prática vem acontecendo em algumas cidades, com o disfarce de que outras religiões não são obrigadas a verem os nossos símbolos religiosos. 

Essas atitudes, devem preocupar todas as pessoas de boa-vontade, principalmente as cristãs, já que está por trás dessa prática, a própria recusa ao Cristo Jesus e à sua Igreja. São normalmente movimentos que vão infiltrando sua forma de pensar nos meios de comunicação e nas repartições públicas e se puderem em todos os lugares, como nos nossos próprios lares, com o intuito único de eliminarem de vez a fé em Jesus Cristo e em tudo o que é divino. 

Esse é o grande perigo que nós cristãos temos que enfrentar no mundo atual. Um inimigo oculto, que não aparece, mas que é muito perspicaz em suas ações, que podemos chamar de demoníacas.

Nós cristãos, principalmente nós católicos, temos a obrigação de defendermos o nosso Cristo Jesus e sua Igreja e não devemos ter vergonha de expressarmos a nossa fé e de propagá-la a todos. Como o próprio Jesus Cristo nos solicitou: “Ide e pregai o Evangelho a todas as criaturas.”


O nosso Catecismo da Igreja Católica nos alerta para o perigo do ateísmo e as suas diversas formas que se apresentam:


§2123 – “Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas de nosso tempo.


§2124 – “O termo ateísmo, abrange fenômenos muito diversos.
- Uma forma frequente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo.
- O humanismo ateu considera falsamente que o homem é “seu próprio fim e o único artífice e demiurgo de sua própria história”.
- Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem pela via econômica e social, sendo que “a religião, por sua própria natureza, impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem numa quimérica vida futura, o desviaria da construção da cidade terrestre”.


§2125 – “Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra a virtude da religião. A imputabilidade desta falta pode ser seriamente diminuída em virtude das intenções e das circunstâncias. Na gênese e difusão do ateísmo, “grande parcela de responsabilidade pode caber aos crentes, na medida em que, negligenciando a educação da fé, ou por uma exposição enganosa da doutrina, ou por deficiência em sua vida religiosa, moral e social, se poderia dizer deles que mais escondem do que manifestam o rosto autêntico de Deus e da religião”. Muitas vezes o ateísmo se funda em uma concepção falsa da autonomia humana, que chega a recusar toda dependência em relação a Deus. Contudo, “o reconhecimento de Deus não se opõe de modo algum à dignidade do homem, já que esta dignidade se fundamenta e se aperfeiçoa no próprio Deus”.


O ATEÍSMO NAS UNIVERSIDADES



O início da vida acadêmica marca também o início do conhecimento do liberalismo moral. Estatisticamente já foi comprovado que o público acadêmico é muito mais liberal moralmente que as pessoas que não fazem parte desse ambiente.
E é justamenteo liberalismo moral que faz com que os jovens deslizem na direção do ateísmo. Isso se dá porque o jovem começa a pecar, seja frequentando as chamadas "baladas" ou mesmo seja cometendo pecados sexuais, transgressões diversas. Ora, para um jovem com alguma noção religiosa trazida da família, isto traz conflitos internos. Neste momento, o que acontece é que tanto os professores da Universidade quanto os próprios colegas desse jovem oferecem uma solução mágica para o seu drama de consciência: a relativização do certo e do errado e decretação da autonomia do homem (ateísmo).
Assim, a pessoa é introduzida no relativismo moral, quando não existe uma verdade, mas variantes, de acordo com o entendimento de cada um. Sendo assim, todas as opiniões são válidas. Ousar discordar ou afirmar que existe uma só verdade torna o indivíduo um ditador, pois estará querendo impor a sua própria moral. O indivíduo se torna um imperalista moral!
Este fenômeno é o que o Papa Emérito Bento XVI chamava de "ditadura do relativismo":
"Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar "aqui e além por qualquer vento de doutrina", aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades." (Missa pro eligendo Pontífice, 18/04/2005) [1]
Nesse sentido, o homem toma o lugar de Deus e o campus universitário pode ser comparado com o lugar onde o homem colhe o fruto da árvore proibida, da árvore do bem e do mal e torna-se um homem 'para além do bem e do mal'[2], numa independência total, na qual se pode afirmar: "eu sou Deus, eu determino o que é o bem, eu determino o que é o mal". A ideia de haver um criador é absurda, pois é o próprio homem quem tudo define e determina.
O filósofo ateu Friedrich Nietzsche, morto no ano de 1900, é o porta-voz dessa mentalidade que se instalou nas universidades. Em seu livro "Assim falava Zaratrusta", no capítulo chamado "Ilhas Bem-Aventuradas", ele profere o seguinte aforismo: "Meus irmãos, eu irei abrir-vos claramente a minha consciência: se existissem deuses, como suportaria eu não ser um deus? Logo, os deuses não existem."
Ora, esse raciocínio de Nietzsche não tem nada de científico, é uma falácia total. É algo que não se sustenta, mas, infelizmente, convence interiormente quem vive o drama de sua consciência. Então, se o jovem sente o peso de sua consciência é muito mais difícil ir a um confessionário e fazer o propósito de emendar-se. Mais fácil é, com uma canetada, tirar Deus da lista e atribuir aqueles sentimentos a uma educação retrógrada, conservadora, ultrapassada. Os tempos são outros, modernos, o pecado é coisa de antigamente, agora, cada geração, cada sociedade determina o certo e o errado. Melhor ainda, cada pessoa pode fazer a sua própria lei, de acordo com as suas próprias convicções e vontades. Tudo é relativo. Sendo assim, o homem se torna deus, se coloca no lugar de Deus.
É por isso que nas universidades o que se tem não é um crescente ateísmo, mas sim, uma crescente idolatria. Elas são especialistas, em seu ambiente, em amordaçar a voz da consciência, inserindo os jovens na chamada "ditadura do relativismo". O preço que se paga por isso é muito alto, pois as pessoas, ao se declararem autônomas, independentes de Deus imaginam que se tornam livres. Mas, não é isso que acontece, pelo contrário, elas se tornam escravas da tristeza, do vazio, do pecado.
A virtude, por sua vez, não vicia. Jamais se ouvirá dizer que alguém está viciado na generosidade, já na avareza sim. Uma pessoa não é viciada na castidade, mas na luxúria, no sexo desregrado, sim. Outra não pode ser viciada na sobriedade, mas na droga, no álcool, sim. Portanto, o homem, ao querer se libertar de Deus, escraviza-se, descendo abaixo de sua própria natureza.
Deus não dificulta a autonomia humana, pelo contrário, "a verdade vos libertará", disse Jesus Cristo. Os ambientes universitários devem ser lugares em que se busca a Verdade. Na medida em que ela é descoberta, aceita e praticada, consequentemente todos haverão de se colocar a serviço do conhecimento e da ciência, o que, no final, é o cerne da vocação de todo universitário.
Fontes: Catecismo da Igreja Católica - CIC / site do Pe.Paulo Ricardo