APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

sábado, 15 de outubro de 2011

CASAMENTO

P: Pessoas separadas, que haviam se casado na Igreja Católica, podem se casar novamente na Igreja?
R:
Não.
O casamento na Igreja Católica é indissolúvel. Só se desfaz com a morte de um dos cônjuges.


No entanto é possível em certos casos, julgar se o casamento feito anteriormente na Igreja, foi mesmo válido ou se houve ou não o sacramento. Há situações específicas em que o sacramento não acontece, mesmo os noivos tendo participado da cerimônia.


Essa é uma confusão que muitos católicos fazem, quando falam em anulação do casamento. Isso não existe, pois como falei acima, para a Igreja de Jesus Cristo, o casamento é indissolúvel. O que pode existir é o caso, muito específico e especial, em que o sacramento não aconteceu, como também mencionamos acima.


O Código de Direito Canônico, estabelece algumas regras que norteiam os tribunais especiais que analisam se o sacramento aconteceu ou não. Se for considerado que não existiu, os cônjuges ficam livres para se casarem na Igreja Católica em nova cerimônia e não em novo sacramento, ou seja, não se pode ter o mesmo sacramento pela segunda vez.


Esses Tribunais,  analisam previamente se o processo de nulidade é passível de ser encaminhado para a decisão final em Roma, na Santa Sé, ou não. Desta forma, só a Santa Sé, pode dar o veredicto de dizer se houve ou não o sacramento. Esses processos analisados com bastante rigor e são um pouco demorados, pois é necessário uma análise muito detalhada e profunda antes de se considerar um sacramento como não tendo existido.


O que aconselhamos às pessoas separadas que queiram se casar na Igreja Católica, após já terem se casado antes, é procurarem seus sacerdotes e conversarem com ele, que fará uma primeira análise do caso, e se achar que a situação é passível de ser encaminhada como um processo de nulidade, o fará, e o encaminhará às instâncias competentes.


Existem igrejas por aí de outras denominações e que se dizem católicas, que fazem todo tipo de casamento e em qualquer situação, não considerando a doutrina da Igreja Católica Apostólica Romana. Isso caracteriza mais um negócio do que uma celebração de fé baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo, contidos nas Sagradas Escrituras. São igrejas que fazem qualquer coisa a gosto do “freguês”.


Vale ressaltar, no entanto, que a Igreja Católica não discrimina os casais de segunda união, tendo para eles sempre um lugar onde poderão ouvir a Palavra, participar das Missas, comungarem espiritualmente, perseverarem na oração, participarem da comunidade paroquial, etc. Só não poderão receber os demais sacramentos, enquanto se mantiverem nesta situação.


Para as pessoas que já foram casadas na Igreja e agora estão separadas e se mantenham segundo os preceitos da doutrina católica, como por exemplo, cultivando a castidade etc, não há problemas de receberem os demais sacramentos, desde que estejam preparadas para isso.


segunda-feira, 10 de outubro de 2011

CERCO DE JERICÓ

P: O que é, e qual a origem do Cerco de Jericó ?
R: Tudo começou na Polônia, quando para obter uma vitória certa, alguns piedosos poloneses organizaram em seu país aquilo a que chamaram de Cerco de Jericó.

O Santo Padre, João Paulo II devia ir a Polônia dia 8 de maio de 1979, para o 91º aniversário do martírio de santo Estanislau, Bispo de Cracóvia. Era a primeira vez que o papa visitava o seu país. Era uma visita importantíssima e muito difícil. E com essa visita iniciou a ruína do comunismo ateu e a queda do muro de Berlim.

Em fins de novembro de 1978, 7 (sete) semanas depois do Conclave que havia eleito João Paulo II, a Rainha Vitoriosa do Santo Rosário, Maria Santíssima deu uma mensagem precisa a uma alma privilegiada da Polônia, onde dizia: "Para a preparação da primeira peregrinação do Papa à sua Pátria, deve-se organizar na primeira semana de maio de 1979, em Jasna Gora, um Congresso do Rosário: 7 dias e 6 noites de rosários consecutivos, diante do Santíssimo Sacramento exposto".

O Cerco de Jericó consiste num incessante "assalto" de rosários, durante 7 dias e 6 noites, rezados diante do SANTÍSSIMO SACRAMENTO exposto.

Por que o Cerco de Jericó?

No Antigo Testamento, depois da morte de Moisés, Deus escolheu Josué para conduzir o povo hebreu. Deus disse a Josué que atravessasse o rio Jordão com todo o povo e tomasse posse da Terra Prometida. Ora, a cidade de Jericó era uma fortaleza inexpugnável. Ao chegar junto às muralhas de Jericó, Josué ergueu os olhos e viu um anjo, com uma espada na mão, que lhe deu ordens concretas e detalhadas.

Josué e todo Israel executaram fielmente as ordens recebidas: durante 6 dias, os valentes guerreiros de Israel deram uma volta em torno da cidade. No 7º dia deram 7 voltas. Durante a 7ª volta, ao som da trombeta, todo o povo levantou um grande clamor e, pelo poder de Deus as muralhas de Jericó caíram...

No dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro de 1978), Anatol Kazczuck, daí em diante promotor desses Cercos, apresentou a ordem da Rainha do Céu a Monsenhor Kraszewski, bispo auxiliar da Comissão Mariana do Episcopado.

Ele respondeu: ‘É bom rezar diante do Santíssimo Sacramento exposto; é bom rezar o terço pelo Papa; é bom rezar em Jasna Gora. Podeis fazê-lo.’

Anatol apresentou também a mensagem de Nossa Senhora a Monsenhor Stefano Barata, bispo de Czastochowa e presidente da Comissão Mariana do Episcopado. Ele alegrou-se com o projeto, mas aconselhou-os a não darem o nome ‘congresso’, para maior facilidade na sua organização.

Como esse ‘assalto’ de rosários devia durar sete dias, e, tal como em Jericó, tinha-se certeza da vitória, deu-se-lhe o nome de Cerco de Jericó.

O Padre diretor de Jasna Gora aprovou o projeto, mas não queria que se realizasse em maio por causa dos preparativos da visita do Santo Padre. Dizia ele: ‘seria melhor em abril’.

‘Mas a Rainha do Céu deu ordens para que se organizassem esses rosários permanentes na primeira semana de maio’, respondeu o Sr. Anatol.

O Padre aceitou, recomendando-lhe que fossem evitadas perturbações.

A Santíssima Virgem sabia bem que o Cerco de Jericó em maio não iria perturbar a visita do Papa, porque ele não viria. E, logo a seguir, as autoridades recusaram o visto de entrada no país ao Santo Padre, como tinham feito a Paulo VI em 1966. Consternação geral em toda a Polônia! O Papa não poderia visitar a sua Pátria.

Foi, então, com redobrado fervor que se organizou o ‘assalto’ de rosários. E, no dia 7 de maio, ao mesmo tempo que terminava o Cerco, caíram ‘as muralhas de Jericó’. Um comunicado oficial anunciava que o Santo Padre visitaria a Polônia de 2 a 10 de junho.
Sabe-se como o povo polonês viveu esses nove dias com o Papa, o ‘seu’ Santo Padre, numa alegria indescritível!

No dia 10 de junho, João Paulo II terminava a sua peregrinação, consagrando, com todo o Episcopado polonês, a nação polaca ao Coração Doloroso e Imaculado de Maria, diante de um milhão e quinhentos mil fiéis reunidos em Blonic Kraskokic. Foi a apoteose!

Depois dessa estrondosa vitória, a Santíssima Virgem ordenou que se organizassem Cercos de Jericó todas as vezes que o Papa João Paulo II saísse em viagem apostólica.

‘O Rosário tem um poder de exorcismo’, dizem os nossos amigos da Polônia, ‘ele torna o demônio impotente’.

Por ocasião do atentado contra o Papa, em 13 de maio de 1981, os poloneses lançaram de novo um formidável ‘assalto’ de rosários e obtiveram o seu inesperado restabelecimento. Mais uma vez, as muralhas de ódio de satanás se abatiam diante do poder da Ave-Maria.

Em várias partes do mundo estão sendo realizados agora os Cercos de Jericó.

A 2 de fevereiro de 1986, aquela mesma alma privilegiada recebia outra mensagem da Rainha Vitoriosa do Santíssimo Rosário: ‘Ide ao Canadá, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Alemanha para salvar o que ainda pode ser salvo’.

Nossa Senhora não pede, mas ordena que se organizem os rosários permanentes e os Cercos de Jericó, se quizermos ter a certeza da Vitória.

Fontes: Portal da RCC-Brasil/Editora Cléofas/Prof.Felipe Aquina (Canção Nova)

sábado, 1 de outubro de 2011

CÉU

P: Como é o céu?
R:
O céu não é um lugar como aqui na terra. Aliás o céu não é um lugar físico, mas um estado de espírito.

O céu é a palavra usada para significar a total realização da pessoa humana que se encontra com Deus e vive em plena comunhão com Ele! Tudo o que sonhamos de perfeito, de santo, de alegria, de plena realização e de felicidade plena e completa, é o céu!


O Apóstolo Paulo diz assim: “Aquilo que o olho jamais viu, o ouvido jamais ouviu, nem jamais o coração do homem sentiu: isto Deus preparou para aqueles que o amam”. (1Cor 2,9).


De modo que não dá para falar do céu do mesmo jeito que falamos da terra. Trata-se de outra realidade, em outra situação que não pode ser comparada com a vida que temos aqui na terra. Só saber que estamos com Deus supera tudo, supera todas as experiências que podemos fazer e sentir aqui neste mundo.


Por isso, não precisamos ficar preocupados em saber como é o céu. Precisamos sim viver bem aqui, com justiça e com amor fraterno, e seguindo os ensinamentos deixados por Jesus Cristo, pois Ele mesmo nos disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Aí sim, estaremos antecipando enquanto possível aquilo que será o céu!


Viver santa e justamente é o caminho certo para o céu!


Crer no céu, caríssimos jovens, é crer na vida eterna. É crer que após a nossa morte, teremos a grande e maravilhosa possibilidade de sermos felizes para sempre ao lado da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora, a nossa mãezinha e de todos os anjos e santos de Deus. Muitos deles, nossos parentes que já faleceram.


Essa é a grande esperança do católico: A ressurreição, após a nossa morte e a vida eterna, no céu!
P: No céu só haverá católicos?
R: Em uma homilia recente, o Papa Francisco disse: “…não é possível encontrar Jesus fora da Igreja. O grande Paulo VI dizia: é uma dicotomia absurda querer viver com Jesus sem a Igreja, seguir Jesus fora da Igreja, amar Jesus sem a Igreja”. 

E Francisco deixou bem claro que estava falando da Igreja “hierárquica e católica”. Bem, se não é possível encontrar Jesus fora da Igreja Católica, não é possível salvar-se fora dela. Afinal, ninguém chega ao Pai senão por meio dEle.

Certo… E como ficam os evangélicos – existem muitos que dão um testemunho belo e sincero de fé – e  as  pessoas de outras religiões que nunca tiveram a oportunidade de receber uma  boa  catequese?

Em primeiro lugar, é preciso que tenhamos claro uma coisa: Deus não é um legislador frio e inflexível. Ele sabe que há pessoas que não têm culpa de não crerem em Seu Filho e na Sua Igreja (ou que têm sua culpabilidade atenuada). E isso pode ocorrer por diversas razões:

- porque ainda não ouviram as palavras do Evangelho;

- porque tiveram uma experiência negativa com os católicos ou porque receberam uma catequese ruim, e assim formaram uma má impressão;

- porque estão submetidos a fortes condicionamentos culturais.

“Ignorância invencível”: é assim que a Igreja nomeia essas condições extremamente desfavoráveis para o conhecimento e o acolhimento da verdadeira fé. É como um forte bloqueio, que impede a pessoa de dizer sim a Cristo e à Sua Igreja. Por isso, Deus não vê como culpados aqueles que ignoram a verdadeira religião, quando sua ignorância é invencível.

Então, sobre a salvação dos não-católicos, duas coisas devem ficar claras:

1. fora da Igreja não há salvação. Isso é dogma, ou seja, é uma verdade de fé que deve ser aceita por todo católico;

2. aqueles que, sem culpa, desconhecem Cristo e a Sua Igreja, mas buscam a Deus sinceramente e tentam cumprir a Sua vontade não estão fora da Igreja. Eles fazem parte da alma da Igreja e, assim, podem conseguir a salvação.

Como serão julgados os não-católicos?

São Paulo, em uma de suas cartas, fala que a noção básica do que é bom e do que é mau está inscrita nos corações das pessoas, inclusive daquelas que jamais ouviram falar de Jesus. Isso se chama “lei natural”.

“Os pagãos não têm a Lei. Mas, embora não a tenham, se fazem espontaneamente o que a Lei manda, eles próprios são Lei para si mesmos. Assim mostram que os preceitos da Lei estão escritos nos seus corações; a sua consciência também testemunha isso, assim como os julgamentos interiores, que ora os condenam, ora os aprovam." Romanos 2, 14-15

Diante de Deus, então, os não-católicos serão julgados conforme a sua fidelidade àquilo que aprenderam que é certo ou errado. Certamente, seus conhecimentos sobre o bem e o mal são muito limitados, pois não puderam conhecer a plenitude da verdade na Igreja Católica. E Deus levará essa desvantagem em conta.

É justo que os menos favorecidos sejam menos cobrados. Afinal, Deus julga não somente as ações, mas as intenções e a condição que cada um tem para compreender se o que faz é bom ou mau. 

Na parábola do mau administrador, Cristo diz:
“Todavia aquele empregado que, mesmo conhecendo a vontade do seu senhor, não ficou preparado, nem agiu conforme a vontade dele, será chicoteado muitas vezes.
"Mas o empregado que não sabia e fez coisas que merecem castigo, será chicoteado poucas vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido…” Lucas 12, 47-48

Isso quer dizer que nós católicos seremos julgados com muito mais rigor do que aqueles que ignoram a palavra de Deus, ou aqueles que a conhecem de modo parcial. Somos privilegiados: tivemos a oportunidade de receber muito mais amor, muito mais graças, muito mais consolações e muito mais sabedoria do que os demais.

UM EXEMPLO:   
Em muitas tribos indígenas brasileiras, são enterrados vivos bebês e crianças com deficiência, filhos de mães solteiras e gêmeos. Notem que tal crueldade é feita com base nas crenças arraigadas da tribo, que julgam estar realizando algo bom para o grupo. Agora, imaginem um casal católico, que recebeu a catequese de modo adequado, que frequenta as missas… A esposa, grávida, descobre que o bebê tem Síndrome de Down ou anencefalia e, então, o casal resolve fazer um aborto. Será que no dia do Juízo a mão de Deus recairá sobre esses índios não-catequizados com o mesmo peso que sobre o casal católico?

Lembremos que o princípio da ignorância invencível não se aplica a todos os casos de descrença na fé da Igreja. Por isso, não terão salvação aqueles que, voluntariamente, fazem-se cegos e surdos para o Evangelho. “Quem não crer, será condenado” Marcos 16,16.

Rezemos pela conversão dos pecadores. Rezemos também para que sejamos capazes de dar testemunho de Cristo com nossas palavras e ações, já que muitos não creem por nossa culpa, quando encandalizamos os demais com a nossa falta de amor e incoerência.

Que todos sejamos um!

Fonte: O catequista