APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

PECADO

P: O que é o pecado?
R:
Pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”. O pecado é ofensa a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o que é mau aos teus olhos”. (Sl 51,6). O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. O pecado é portanto, como diz Santo Agostinho: “amor de si mesmo até o desprezo de Deus”. CIC1849,1850).
Nós seres humanos, nos envolvemos facilmente com o mal. Como consequência, nossa vida torna-se “pesada”, angustiante, sofrida. E, na maioria das vezes, não sabemos ou não percebemos que esse sofrimento está direta e intimamente ligado às consequências do pecado, ao afastamento de Deus.
Ao contrário do que muitos pensam, a origem do pecado de cada um, não está fora, mas em nosso próprio coração. É algo de dentro para fora e não o contrário. A raiz do pecado está em nossa livre vontade, em nossas escolhas, atitudes e ações, segundo o ensinamento do próprio Cristo: “é do coração que procedem as más inclinações, assassínios, adultérios, prostituições, roubos, falsos testemunhos e difamações. São estas as coisas que tornam o ser humano impuro”. (Mt 15,19-21) (CIC1853).
A maldade presente no mundo não pode nos atingir se nós não permitimos, principalmente, se estamos intimamente ligados a Deus. Mas, infelizmente, nos deixamos levar pelo ritmo da vida, do meio social, das más influências e dos modismos que nos são impostos.
Pode-se distinguir os pecados segundo os atos humanos, os mandamentos que eles contrariam e às virtudes a que se opõem. Podemos pecar por pensamentos, palavras, atos e omissões. Em relação à omissão, não praticamos um mal, mas deixamos de fazer um bem.
O pecado é classificado, segundo sua gravidade, em venial ou leve e mortal.
Pecado venial (desculpável, perdoável) ainda deixa existir a força e a ação da caridade, do amor em nossa vida, mas os ofende e fere. Ele enfraquece a graça de Deus em nós, mas não a destrói. Os pecados veniais são faltas leves, perdoadas no Ato de Contrição, rezado durante a Santa Missa, desde que estejamos sinceramente arrependidos. Porém, a confissão regular de nossos pecados veniais nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida espiritual. Recebendo mais frequentemente o perdão dos pecados e do dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como Ele (CIC1458).

Já o pecado mortal destrói a caridade, destrói o amor no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, seu fim último, preferindo um bem inferior, sem valor. (CIC1855)
O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. O pecado mortal acarreta na perda da caridade, do amor e da privação da Graça Santificante, isto é, do estado de graça recebido no Batismo. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. (CIC1861)
Para que um pecado seja mortal requerem-se três condições ao mesmo tempo: ser matéria grave, cometido com consciência e deliberadamente.
-Ser matéria grave: é baseado em algo contra os dez mandamentos de Moiséis ou contra os cinco mandamentos da lei da Igreja.
- Cometido com consciência: isto é, requer pleno conhecimento das leis. Ou seja, pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus.
- Deliberadamente: ou seja, é cometido com consentimento próprio, suficientemente deliberado (meditar no que se há de fazer, refletir, decidir), sendo uma escolha pessoal.
Em todo caso, Deus, na sua infinita misericórdia e amor, nos deixou um caminho de volta. Ele está sempre de portas abertas para aceitar nossas sinceras desculpas, independentemente da falta que tenhamos cometido, desde que estejamos sinceramente arrependidos. O Sacramento da Confissão ou Reconciliação, devolve-nos a graça de estarmos novamente no coração de Deus.
Muitas pessoas não se confessam porque têm dificuldade para abrirem seus corações a um sacerdote. Alguns ainda dizem: ele é uma pessoa como eu, pecadora também. Está certa. É verdade. Porém, nesse mundo terreno, só o sacerdote tem o poder, dado pelo próprio Deus, de perdoar nossos pecados. No momento da confissão, quando recebemos o perdão diretamente de Deus, através do sacerdote, não importa muito a natureza humana que é limitada, se o padre é isso ou aquilo. Importa, sim, o Sacramento, o sinal e a certeza de que fomos totalmente perdoados por Deus. E, nas palavras do sacerdote, o sinal é este: “Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Por isso, não deixe sua confissão para amanhã. Não tenha medo, receio ou vergonha de se abrir a um sacerdote, um ungido de Deus. Por Cristo Jesus, ele, e só ele tem o poder de perdoar os nossos pecados. Qualquer pecado.