APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

sábado, 30 de outubro de 2010

QUARESMA

A expressão Quaresma é originária do latim, quadragesima dies (quadragésimo dia). O adjetivo referente a este período é dito quaresmal ou, mais raro, quadragesimal.

Quadragesima, expressão latina típica na liturgia, denomina o período de quarenta dias de preparação para a Páscoa e que alude ao simbolismo do número quarenta com que o Antigo e o Novo Testamento representam os momentos expressivos da experiência da fé da comunidade judaica e cristã.

Na Igreja Católica, o Tempo da Quaresma decorre desde a Quarta-Feira de Cinzas até a missa vespertina da Quinta-Feira Santa inclusive, com que se inaugura o Tríduo Pascal. A semana que precede a Páscoa é chamada pela tradição de Semana Santa.

Tempo de penitência, oração e conversão

Papa Bento XVI, na Audiência Geral de Catequese, no dia 22 de Fevereiro de 2012, sobre o significado litúrgico dos "quarenta dias da Quaresma", assim definiu:
“Trata-se de um número que exprime o tempo da expectativa, da purificação, do regresso ao Senhor e da consciência de que Deus é fiel às suas promessas.”

A quaresma é um tempo em que Jesus nos convida a ir para o “deserto” com Ele, não o deserto de areia, mas o deserto do nosso coração, onde Deus habita desde o nosso batismo, mas que tantas vezes esquecemos. Esses quarenta dias tem um significado grande na Bíblia; significa “um tempo de prova” antes de uma grande “vitória”.

- Assim, vemos Noé que passa 40 dias na barca com toda a criação para depois sair dali para uma vida nova, salvando a humanidade (Gn 8,6). 

- Moisés permaneceu quarenta dias no monte Sinai (Ex 24,18) antes de dar ao povo as Tábuas da Lei e a Aliança com Deus. 

- O povo de Deus caminhou quarenta anos no deserto antes de chegar com Josué `a Terra Prometida (Js 5,6); 

- Por quarenta anos Golias desafiou Israel até que Davi o vencesse (1Sm 17,16); 

- Elias, fugindo da morte, caminhou durante quarenta dias ate´ chegar ao Horeb, na montanha onde Deus se mostrou a ele numa brisa suave (1Rs 19,8-12); 

- Quarenta dias foi o prazo que Jonas marcou para Nínive ser destruída, mas se converteu (Jn 3,4); etc. 

- Por fim, Jesus passa quarenta dias no deserto antes de vencer Satanás e começar a Sua missão de evangelização.

Podemos tirar de importante ensinamento então que, depois de quarenta dias de luta vem uma grande vitória. Assim deve ser hoje a nossa Quaresma, quarenta dias de luta para conquistar a grande vitória de “voltar para Deus”, pois não há felicidade maior do que estar com Deus, amar a Deus e servir a Deus. 

A Igreja, nos ajuda a termos uma quaresma mais santa e refletiva, quando nos aconselha a jejuarmos, a orarmos e a praticarmos a caridade para com os outros nossos irmãos, principalmente para com os mais necessitados. Assim, passaremos os quarenta dias, de uma forma mais santa.

Mas, sobre o que devemos refletir?

A nossa reflexão durante o período da quaresma deve ser principalmente com relação ao nosso relacionamento pessoal com Deus. Devemos nos questionar sobre: Como foi a minha relação com Deus durante o ano que passou? Fiz questão de me aproximar Dele? Procurei seguir, de verdade, os seus ensinamentos? Fiz questão de pedir perdão a Ele, todas as vezes que pequei? Procurei estar mais em oração e dessa forma abrindo meu coração e minha vida a Ele? Deixei Deus participar mais da minha vida? Me esforcei por isso?
Daí, devemos então refletir também, sobre como foi o nosso relacionamento com os irmãos. Procurei viver mais o amor de Deus dentro da minha família? Procurei ser caminho de Graça e Salvação para os meus familiares? Perdoei àqueles que me ofenderam da mesma forma como sou perdoado por Deus? Procurei sempre levar a Mensagem de Jesus para os ambientes por onde passei? Procurei ser exemplo da presença de Jesus em minha vida para com os meus amigos, vizinhos, familiares etc?

Como devemos Jejuar?

Existem várias formas de jejuar, que podem ser:

- Através da redução da ingestão de alimentos. 
Esse tipo de jejum é importante e muito válido, desde que, a pessoa possa realmente fazê-lo, sem comprometer a sua saúde. Deus não quer que passemos mal ou fiquemos doente por termos jejuado sem condições de saúde para isso. 
Mas também, não vale aquele jejum de deixar de beber refrigerantes, por exemplo, desde que antecipadamente estávamos com vontade de fazê-lo para emagrecermos, e aí, juntamos o "útil ao agradável", como diz o ditado.
Existem vários tipos de jejum relativo a redução da ingestão de alimentos, que podemos conferir num artigo do Pe. Jonas Abib, acessando o link a seguir:

- Através de se abster de fazer algo que se goste muito. 
Quando uma pessoa tiver dificuldade de fazer o jejum de alimentos, pode fazer o "Jejum" de coisas que gosta muito de fazer, como por exemplo, deixar de ir ao cinema durante a quaresma, deixar de jogar futebol, deixar de ir para a balada nesse período, deixar de ir a praia, e tantas outras coisas que normalmente são feitas por nós e que nos dá muito prazer.
Mas, o importante disso tudo é fazer o jejum entregando a Deus o seu sacrifício. 

Como devemos orar?

A quaresma deve ser um momento no qual devemos refletir sobre se estamos nos relacionando adequadamente com Deus através da oração. Temos rezado com frequência a Deus? Temos colocado a nossa vida em suas mãos? Temos pedido e agradecido pelas Graças recebidas? 
Uma forma que podemos e devemos rezar a Deus, é através da oração do Terço. Nessa quaresma devemos aproveitar para cultivar o hábito de rezarmos o Terço em Família.
Acesse o link a seguir e veja como rezar o Terço Mariano e os diversos outros Terços que a Igreja nos oferece: http://tercodoshomens-pnsc.blogspot.com.br/
Enfim, temos visitado Jesus no Sacrário com frequência?
A nossa visita ao Sacrário é uma das formas mais eficazes de nos relacionarmos com Jesus, além da própria Eucaristia é claro.
Veja como você pode visitar o Senhor no Santíssimo Sacramento, acessando o link:

Como devemos fazer caridade?

Existem várias formas de fazermos caridade, mas nesse momento da quaresma, é muito importante que façamos o bem aos mais necessitados. O próprio Jesus nos alerta para isso em Mt 25,41-45: 
"Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eteno, preparado para o diabo e para os seus anjos. Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar.' E responderão também eles: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?' Então o Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo que todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!"

Assim, de forma prática, devemos aproveitar a quaresma para visitar os Asilos, os Abrigos, Orfanatos, os Hospitais, e quem puder, os Presídios.

Outra forma de praticar a caridade é a Esmola. Essa forma de caridade muitas vezes é mal interpretada pelas pessoas, mas tem uma grande importância, sendo inclusive citada várias vezes nas Sagradas Escrituras. Veja a importância da Esmola acessando os links: http://juventudedefe.blogspot.com.br/2014/11/fazer-o-bem-sem-olhar-quem.html  e  http://alicercandoafe.blogspot.com.br/2011/06/a-esmola.html.

Tudo isso que acabamos de ver, só tem sentido se nos levar a nos aproximarmos mais de Deus.
Santo Agostinho disse que: “Um homem sem Deus, é um peregrino sem meta, um questionado sem resposta, um lutador sem vitória, um moribundo sem nova vida”. “Quem ama a Deus nunca envelhece. Leva em si Aquele que é mais jovem que todos os outros”. “Eu não seria nada, meu Deus, absolutamente nada, se não estivesses em mim”. “O maior castigo do homem é não amar a Deus.”

Deus é tudo para nós: quando temos fome, é pão; quando temos sede, é água; quando estamos no escuro, é luz. Deus não nos abandona a não ser que nós O abandonemos primeiro. Quem não tem Deus na sua vida não se contenta com nada, está sempre insatisfeito. Deus colocou uma sede infinita de felicidade em nosso coração que só pode ser saciada por Ele mesmo, e por nada mais.

São Tomás de Aquino disse que “quanto mais o homem se afasta de Deus, mas se aproxima do nada”. Tanto mais é infeliz e sofredor, ainda que tenha todas as riquezas, prazeres e glórias terrenas. Santo Agostinho nos faz um alerta: “Declaraste guerra a Deus? Tem cuidado. Quantas mais e maiores pedras lances ao céu, mais e maiores serão as feridas que te causarão ao cair”.

Mas, o que nos afasta de Deus? Só uma coisa, o pecado. Por isso Jesus nos convida à conversão: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).

“Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”, diz o Catecismo (n. 1489). “Quem peca fere a honra de Deus e seu amor, sua própria dignidade de homem chamado a ser filho de Deus e a saúde espiritual da Igreja, da qual cada cristão é uma pedra viva (n. 1488).

É por isso que Jesus veio ao mundo e morreu numa cruz, ensanguentado, flagelado, coroado de espinhos e zombado. Só podemos entender o horror que é o pecado olhando o quanto custou para Jesus, o Filho único de Deus, arrancá-lo de nossas almas. Ele não veio ao mundo para outra coisa, a não ser para ser o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29). São Pedro disse que “não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado….” (1 Pe 1,18).

A Quaresma é o tempo de voltar para Deus, é o tempo da graça do arrependimento. São Paulo pediu insistentemente: “Em nome de Jesus Cristo, nós vos suplicamos: deixar-vos reconciliar com Deus… Como colaboradores de Cristo, nós vos exortamos a não receberdes a graça de Deus em vão, pois Ele diz: “No momento favorável eu te ouvi, e no dia da salvação eu te socorri. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação” (2 Cor 6,1-2).

O momento favorável é agora, a Quaresma, o tempo de procurar um padre e fazer uma Confissão bem feita, deixando que o Sangue de Cristo lave as nossas almas. O profeta disse: “Buscai o Senhor, já que ele se deixa encontrar; invocai-o, já que está perto” (Isaías 55, 6). Até quando poderemos ter essa oportunidade de encontrar Deus. Será que amanhã estaremos aqui? Sabemos que a morte encerra o nosso tempo de se arrepender dos pecados e encontrar Deus, para viver com ele. Não deixe para depois. Quem deixa as coisas para depois é porque não quer fazer nunca. Deus não pode ser deixado para depois.

Vejamos ainda, as palavras do nosso querido Papa Francisco sobre a quaresma, proferidas em 20 de fevereiro de 2015.
Diz o Papa:

"Os cristãos, especialmente na Quaresma, são chamados a viver coerentemente o amor a Deus e o amor ao próximo. Este é um dos trechos da homilia que Francisco pronuncio una Missa celebrada na manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta.
O Papa se inspirou na primeira Leitura extraída do Livro de Isaías, em que o povo se lamenta a Deus por não ouvir seus jejuns. Para o Pontífice, é preciso distinguir entre “o formal e o real”. Ou seja, de que adianta jejuar, não comer carne, e depois brigar ou explorar os funcionários? Eis o motivo pelo qual Jesus condenou os fariseus, porque faziam “tantas observações exteriores, mas sem a verdade do coração”.
O amor a Deus e ao homem estão unidos
O jejum que Jesus quer, ao invés, é o que desfaz as cadeias injustas, liberta oprimidos, veste quem está nu, faz justiça. “Este é o verdadeiro jejum – reiterou o Papa – o jejum que não é somente exterior, uma lei externa, mas deve vir do coração”:
“E nas tábuas da lei há o preceito em relação a Deus, em relação ao próximo e os dois estão juntos. Eu não posso dizer: “Mas, não, eu cumpro os primeiros três mandamentos... e os outros mais ou menos”. Não, se não cumpre estes, não pode cumprir aqueles, e se cumpre este, deve cumprir aquele. Estão unidos: o amor a Deus e o amor ao próximo são uma unidade e se quiser fazer penitência, real e não formal, deve fazê-la diante de Deus e também com o seu irmão, com o próximo”.
Usar Deus para cobrir a injustiça
Pode-se ter tanta fé, prosseguiu, mas – como diz o Apóstolo Tiago – se “não realiza obras, é morta, para que serve?”. Assim, se alguém vai à Missa todos os domingos e comunga, pode-se perguntar: “E como é a sua relação com seus funcionários? Os paga de maneira irregular? Dá a eles um salário justo? Paga também as taxas para a aposentaria? Para a assistência de saúde?”. 
“Quantos homens e mulheres têm fé mas dividem as tábuas da lei: ‘Sim, eu faço isso... mas você dá esmolas? Sim, sim, sempre mando um cheque para a Igreja. Ah, então tá... Mas na tua Igreja, na tua casa, com quem depende de você (filhos, avós, funcionários), você é generoso, é justo? Não se pode fazer ofertas à Igrejas e pelas costas, ser injusto com seus funcionários. Este é um pecado gravíssimo: usar Deus para cobrir a injustiça”. 
“E isto – retomou o Papa – é aquilo que o profeta Isaias, em nome do Senhor, nos explica”: “Não é um bom cristão quem não faz justiça com as pessoas que dependem dele”. E não é um bom cristão aquele que não se despoja de algo necessário para dar ao próximo, que precisa”.
O caminho da Quaresma é “este, é duplo: a Deus e ao próximo. É real, não simplesmente formal. Não é somente deixar de comer carne sexta-feira, fazer alguma coisinha e depois, deixar aumentar o egoísmo, a exploração do próximo, a ignorância dos pobres”.
“Alguns – contou o Papa – quando precisam se curar vão ao hospital, e por ter um plano de saúde, obtém a consulta rápido. “É uma coisa boa – comentou Francisco – agradeça ao Senhor. Mas, diga-me, você pensou naqueles que não têm esta facilidade e quando vão ao hospital devem esperar 6, 7, 8 horas para uma coisa urgente”. 
Na Quaresma, abramos espaço no coração para quem errou 
E existe quem, aqui em Roma, que pensa nisso na Quaresma “O que posso fazer pelas crianças, pelos idosos que não têm possibilidade de ter uma consulta com um médico?; que esperam horas e horas e depois têm que voltar uma semana depois?”. 
“Como será a tua Quaresma?, pergunta Francisco. “Graças a Deus tenho uma família que cumpre os mandamentos, não temos problemas...”. Mas nesta Quaresma – pergunta o Papa – em seu coração existe ainda lugar para quem não cumpriu os mandamentos? Que cometeram erros e estão encarcerados?”.
“Mas eu, com aquela gente não... Mas você não está preso: se não está no cárcere é porque o Senhor te ajudou a não cair. Em seu coração os presos têm um lugar? Você reza por eles, para que o Senhor lhes ajude a mudar de vida? Acompanha, Senhor, o nosso caminho quaresma, para que a observância exterior corresponda a uma profunda renovação espiritual. Assim rezamos; que o Senhor nos dê esta graça”.  
Papa Francisco (20/02/2015)
Por: José Vicente Ucha Campos

Referências: 
- Livro "Práticas de Jejum" - Pe. Jonas Abib

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

REENCARNAÇÃO

P: Pode um católico acreditar em reencarnação?
R:
Não.
A teoria da Reencarnação é totalmente contrária a doutrina da Igreja Católica, que tem como ponto fundamental a Ressurreição. E mais, se um católico acreditar em reencarnação ao invés da ressurreição, está pondo em dúvida a própria Ressurreição de Jesus Cristo; e isto, é uma grande heresia, pois estará afirmando que Jesus Cristo não ressuscitou e consequentemente permanece na mansão dos mortos, não tendo voltado ao Pai e consequentemente não está vivo entre nós. Isso contradiz toda a doutrina da Igreja Católica na sua concepção mais profunda, que é acreditar na nossa ressurreição após a morte, assim como Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e está sentado à direita do Pai. Sem contar que estará pondo em dúvida o próprio Jesus e a sua missão redentora, pois Ele mesmo falou em Jo 11,25 : “Eu sou a ressurreição e a vida”. É aí que está fundamentada toda a Fé católica e a nossa Esperança. O próprio São Paulo nos ensina em 1 Cor 15, 12-14.20-22: “Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como podem alguns dentre vós dizer que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, vazia também é a vossa fé. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos, primícias dos que adormeceram. Com efeito, visto que a morte veio por um homem, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. Pois, assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida”.
As Sagradas Escrituras, além dos trechos acima mencionados nos trazem diversas outras passagens que definitivamente afastam qualquer aceitação da reencarnação por nós católicos. Vejamos algumas: No livro dos Salmos por exemplo temos em Sl 38,14: “Afastai de mim a vossa ira para que eu tome alento, antes que me vá para não mais voltar”. Também no livro de Jó (Jó 10, 21-22) vemos esta afirmativa, quando ele ora durante o enfrentamento de uma terrível doença: “Antes que eu parta, para não mais voltar, ao tenebroso país das sombras da morte, opaca e sombria região, reino de sombra e de caos, onde a noite faz as vezes de claridade”. Vemos também no livro da sabedoria (Sb 16, 14): “Enquanto o homem, se pode matar por sua maldade, não pode fazer voltar o espírito uma vez saído, nem chamar de volta a alma que o Hades já recebeu”. Na carta aos Hebreus (Hb 9, 27) vemos : “está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”. Também vemos no diálogo de Jesus e Marta, quando da morte de Lázaro (Jo 11, 21-24): “Então, disse Marta a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora sei que tudo o que pedires a Deus, ele te concederá”. Disse-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. “Sei, disse Marta, que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia!”
Então queridos amigos, católico que acredita em reencarnação, pode ser tudo, menos católico.
Fiquem com Deus!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

RELACIONAMENTO PAIS E FILHOS

P: O que são filhos, órfãos de Pais vivos?
R:
Acho que todos vocês já escutaram essa frase: “Filhos, órfãos de pais vivos”. Isso significa que existem muitos filhos que são verdadeiros órfãos nesse mundo a fora, embora tenham seus pais vivos e até convivam, ou melhor, vivam com eles sob o mesmo teto. Não me prendo somente à alguns pais separados, em que cada um vai para um lado cuidar de sua vida e os filhos é que se virem e se contentem quando conseguem o convívio com pelo menos um deles. Estou falando também de pais que vivem juntos, sob o mesmo teto, e com seus filhos. È aí também, que encontramos muitas vezes, filhos abandonados, pois embora vivam sob o mesmo teto com seus pais, mas é como se não o vivessem, pois cada um tem a sua vida independentemente da dos outros.
Alguns de vocês podem achar que isso não é muito comum. Mas, aí é que se enganam. Infelizmente, é uma coisa comum nas “famílias” de hoje em dia. Nesse mundo em que a corrida pelo ter, pelo ser, pelo poder e pelo lazer, são muitas vezes o único objetivo dos membros de uma família, e onde ainda, cada um procura ter a sua realização pessoal independentemente daqueles que o cercam, é fácil de encontrar filhos, órfãos de pais vivos.
Nessa nossa caminhada de vida, já encontramos muitos, muitos e muitos jovens nessa situação. E normalmente são jovens tristes, outros revoltados, outros drogados e outros que procuram preencher essa falta de carinho e de amor de seus pais, ligando-se a um grupo (que muitas vezes não é o ideal), ou a uma outra pessoa (normalmente à namorada ou namorado, cujo namoro na maioria dos casos não é um namoro saudável, mais uma fuga dos problemas e muitas vezes um suporte para que eles aguentem o sofrimento e a falta de amor de seus pais). Existem ainda, graças a Deus, os jovens que são órfãos de pais vivos e se voltam para a Igreja e se dedicam a viverem uma vida segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, e lá encontram a verdadeira felicidade, longe das drogas, da violência, da prostituição etc, que muitos outros infelizmente usam como refúgio à falta de amor. Aqueles jovens que convivem na Igreja, muitas vezes, conseguem até mudarem a mentalidade de seus pais e trazê-los para a Igreja e conseguem uma convivência em casa, se não a ideal, mas pelo menos uma que se aproxime mais de uma verdadeira família, onde o amor, o companheirismo, o carinho, a amizade, a preocupação uns com os outros, são fatores fundamentais.
Cabe aos pais, segundo as próprias Sagradas Escrituras nos ensina, tomarem a iniciativa de quebrarem essa falta de amor no relacionamento com seus filhos e se chegarem à eles, sem medo e com o coração aberto a recebê-los como verdadeiros filhos que são.
Não existe ex-pai; ex-mãe ou ex-filho. Pais e filhos são para sempre.
Pedimos a Deus, nesse momento, que envie seu Divino Espírito Santo, que é a essência do verdadeiro amor, a todos os lares e dessa forma possa transformar corações “de pedra” em corações “de carne”, capazes de amar e serem amados, transformando assim o relacionamento entre pais e filhos, em relacionamento de amor, de carinho, de segurança, de companheirismo e, de felicidade verdadeira.
Pais, amem seus filhos. Filhos respeitem seus pais. Como nos diz as Sagradas Escrituras.