APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

PROTESTANTISMO

P: Como surgiu o protestantismo?
R:
O protestantismo surgiu do Cristianismo, através da Reforma Protestante iniciada no século XVI, pelo teólogo alemão, católico, Martinho Lutero.
Após deixar a Igreja Católica, Lutero com simpatia de diferentes setores da nobreza e dos camponeses, cria o luteranismo, que se difunde na Alemanha. As teses de Lutero encontram receptividade em outros países da Europa e acabam por gerar um movimento pela reforma da Igreja. O nome protestante é atribuído, na época, aos partidários da reforma, que protestaram contra a Dieta (Assembléia convocada pelos reis) de Espira, em 1529.
Apesar de perseguido pelo Vaticano, Lutero é amparado pela aristocracia, traduz a Bíblia para o alemão e funda uma nova igreja (Igreja Luterana). Ele abole a confissão obrigatória, o culto aos santos e à Virgem Maria, o jejum e o celibato clerical. Dos sete sacramentos da Igreja Católica, ele só passou a aceitar os do Batismo e da Eucaristia.
Nem todas as suas teses porém, são aceitas por seus aliados em outros países e, em razão disso, o protestantismo dá origem a diferentes correntes de pensamento teológico e ao nascimento de novas igrejas cristãs, como a dos seguidores do francês João Calvino (Presbiteriana) e do inglês John Wesley (Metodista).
Os protestantes, também chamados de evangélicos, dividem-se em três grandes grupos de afinidade teológica:
- O do Protestantismo Histórico, criado a partir da reforma de Lutero (Igreja Luterana, Presbiteriana, Episcopal Anglicana, Batista e Metodista).
- O Pentecostal, surgido no começo do século XX (entre as igrejas pentecostais tradicionais, destacam-se a: Congregação Cristã, Assembléia de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular).
- E o Neopentecostal, o grupo mais recente (pertencem a esse grupo, as igrejas brasileiras: Universal do Reino de Deus, Sara Nossa Terra, Renascer em Cristo e centenas de outras).
- E ainda as igrejas denominadas: Cristãos Independentes. Formam um grupo específico dentro do protestantismo porque acreditam que a própria doutrina foi revelada por uma ação divina especial. As principais igrejas desse grupo são: a Adventista, a Mórmon e a Testemunha de Jeová.
Em algumas Igrejas tradicionais, oriundas do protestantismo histórico, seus membros não aceitam que outras igrejas, principalmente as neopentecostais se intitulem protestantes, nem mesmo evangélicas.
Vale ressaltar que embora devamos respeitar a espiritualidade das pessoas, suas escolhas religiosas e a fé que professam, somos cientes de que a única e verdadeira Igreja instituída pelo próprio Jesus Cristo, foi a Igreja Católica. A única que tem a sucessão apostólica. Por isso não devemos aceitar que católicos participem de cultos em igrejas de outras denominações, pois é na Igreja Católica que Cristo se oferece verdadeiramente em forma de pão e vinho, na Sagrada Eucaristia. Não existindo melhor forma de estar tão próximo do Senhor nosso Deus.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PURGATÓRIO

P: O que é o purgatório?
R:
A nossa vida aqui na terra é simplesmente uma passagem, ou melhor uma preparação que nos permite aprimorarmos espiritualmente para estarmos aptos para entrarmos no paraíso após a nossa morte. Pois precisamos estar puros e santificados para nos aproximar de Deus.

Acontece que por diversos motivos e principalmente por não sabermos lidar com o nosso Livre Arbítrio, nós erramos, caímos, pecamos. Mas, isso não é o principal para Deus., pois Ele sabe das nossas fraquezas. Para Deus, o principal é que sempre nos levantemos após cada queda, ou seja, que sempre nos reconciliemos com Ele após pecarmos, e tenhamos o firme propósito de tentar evitar a queda novamente. Mas, continuamos a errar e a pecar, durante toda a nossa vida, e, quando morremos estamos ainda com muitas arestas, que necessitam ser aparadas.


Podemos estar limpos, mas levamos poeira nos pés. Como nos diz São João em Jo 13,10.


Aí entra a importância do purgatório. O purgatório não é um lugar físico, mas um lugar teológico, pelo qual passam aqueles que não conseguiram ter suas penas temporais perdoadas.


Vale lembrar aqui, como vimos no tema PECADO, que ao nos confessarmos, recebemos o perdão de Deus para os nossos pecados, mas fica a pena temporal, que só pode ser perdoada através da Indulgência Plenária ou no Purgatório, após a nossa morte.


Na concepção da tradição eclesiástica, o purgatório é o processo de purificação ultra-terreno, que liberta a pessoa de cada mancha e lhe torna possível o ingresso na perfeição celeste.


O purgatório é mais uma situação espiritual de purificação do que um lugar horroroso de sofrimento. É graça de Deus, e não castigo ou vingança.


Já dizia Santa Catarina de Gênova: “O fogo “purgatório” constitui um símbolo porque representa a dor da consciência humana, o arrependimento, a saudade, o amor e a ânsia crescente por Deus”.


É certo, que quem está no purgatório tem como destino final o Céu.


O “já” do purgatório inicia nesta vida, através das provações que temos de enfrentar, as lutas, os sofrimentos, as incompreensões do dia-a-dia. As duras lições da vida podem nos tornar pessoas mais nobres e puras, integradas e amadurecidas. Depende de como nós reagimos: Se com fé e amor ou se com revolta e arrogância.


Vale lembrar que Deus não quer o nosso sofrimento, mas para o nosso próprio crescimento é importante a aceitação dos sofrimentos a que somos submetidos em nossas vidas, servindo assim como expiação de nossos pecados e lapidação das arestas que ainda temos e que nos impedem de nos aproximar de Deus.


“Sede santos como vosso Deus é santo”.

P: É verdade que Nossa Senhora "desce" ao purgatório para resgatar almas ?

R: Antes de responder à pergunta, é preciso recordar que a dimensão do purgatório é doutrina comum da Igreja, que não o interpreta necessariamente como um lugar, e sim como uma oportunidade de purificação post mortem e, portanto, como um dom da misericórdia divina.


Para que isso fique claro, é preciso recordar que o purgatório não é uma doutrina da Idade Média: temos testemunhos muito antigos de oração em sufrágio e pela purificação dos defuntos que dão testemunho dessa crença. Por exemplo, algumas lápides, desde os séculos III-IV, pedem orações pelo defunto e invocam sua purificação, assim como as liturgias fúnebres de sufrágio e as orações privadas pelos defuntos são testemunhadas pelos Padres da Igreja desde o século III (por exemplo, Tertuliano).

O primeiro texto que oferece uma doutrina do purgatório mais elaborada é o “Prognosticon futuri saeculi”, de São Juliano de Toledo (escrito entre os anos 687 e 688), o qual, com a expressão “ignis purgatorius” (livro II, c. 20-23), descreve uma perspectiva “purgante mediante fogo”. Trata-se de uma descrição que permite conceber o purgatório como um lugar, mas isso acontece pela limitação da nossa linguagem.

Na realidade, o que é essencial no texto é a obra de purificação das almas que, após sobreviver à morte do corpo, esperam tanto a purificação como a ressurreição no final dos tempos. Obviamente, a ideia do fogo provém da Bíblia: Livro da Sabedoria 3, 6 (foram provados como ouro na fornalha) e Eclesiástico 2, 5 (é pelo fogo que se provam o ouro e a prata, e os homens justos, na fornalha da dor).

Sobre o purgatório como lugar, os cristãos não católicos teriam muito a dizer. Na verdade, se o consideramos como uma dimensão de purificação misericordiosa, encontramos um maior consenso por parte das diversas confissões cristãs, sobretudo com os ortodoxos.

Em todo caso, de São Juliano em adiante, a Igreja falou pelo menos duas vezes e oficialmente sobre o purgatório. A primeira vez com a constituição “Benedictus Deus”, do Papa Bento XII (29 de janeiro de 1336); a segunda, com a “Carta sobre algumas questões relativas à escatologia”, da Congregação para a Doutrina da Fé (1979).

Portanto, a Igreja afirma com certeza a sobrevivência da alma à morte do corpo, como também um ato misericordioso de purificação oferecido às almas que dela precisam antes da visão beatífica. Isso não acontece necessariamente em um lugar: o espaço e o tempo são categorias humanas que não sabemos se são pertinentes para falar da realidade pós-morte.

Afirmar que a Virgem Maria desce ao purgatório para “libertar” as almas e levá-las ao Paraíso é contrário a um aspecto do segundo texto citado, porque, neste caso, a purificação seria vista como uma prisão e um castigo, quando, na realidade, o purgatório é algo totalmente diferente.

A purificação não tem uma característica de castigo, ainda que sua experiência comporte a pena do não acesso à visão de Deus, mas não devemos pensar que ela constitui um sofrimento; portanto, sua conclusão não deve ser consequência de uma libertação, e sim de uma festa: in primis a festa do encontro com Cristo.

Então, nem sempre nossas crenças devocionais refletem plenamente o ensinamento da Igreja; neste caso, se considerarmos a purificação como um castigo, acabaremos ofuscando o aspecto misericordioso da oferta de uma oportunidade de purificação das almas por parte de Deus.

Envolver Nossa Senhora nesta obra de misericórdia baseada diretamente no mistério de Cristo morto, ressuscitado, ascendido ao céu e glorificado não é estritamente necessário, mas somente na medida em que Ela for oportunamente associada ao destino do seu Filho.

Sem tirar o mérito de Maria, esta devoção popular corre o risco de exaltá-la exageradamente com resultados contraproducentes: neste caso, poderia ofuscar-se a presença de Cristo na misericórdia da purificação, centrada no mistério pascal do Senhor; além disso, passaria a um segundo plano a dinâmica trinitária em que consiste o acesso à plena comunhão com Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo.

sources: TOSCANA OGGI / Via: Aleteia