APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

quarta-feira, 20 de abril de 2011

HOMOSSEXUALISMO

P: A Igreja Católica aceita o homossexualismo?
R: A Igreja Católica não aceita de forma alguma o homossexualismo, mas acolhe o homossexual. Isso tem uma diferença muito grande e não é difícil de entender. Está na mesma situação de não aceitar o pecado, mas acolher os pecadores.
O próprio Jesus Cristo em sua curta passagem no meio de nós para o anúncio do Reino de Deus, acolheu os pecadores, mas jamais aceitou o pecado, nem o experimentou.
Voltando aos homossexuais, recordamos as palavras carinhosas do papa Francisco, proferidas a bordo do avião que o conduziu do Rio para Roma, ao final da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em julho de 2013. “Se um gay busca a Deus, quem sou eu para julgá-lo?”, afirmou o sumo pontífice. Deveras, só Deus julga as consciências dos gays e dos heterossexuais. Isto é, de fato, um truísmo. Qualquer pessoa de bom senso há de convir que não se deve sair por aí, prolatando veredictos acerca da conduta alheia. Aliás, o próprio Jesus Cristo declarou: “Não julgueis, para não serdes julgados” (Mt  7,1).
A Igreja, o papa, os bispos, os padres e os católicos leigos se guiam por um marco moral extraído da pregação de Jesus. Portanto, quando a Igreja católica propõe a heterossexualidade como a maneira correta de vivenciar o sexo no matrimônio, o fundamento desta doutrina repousa no evangelho, ciosamente custodiado pelo magistério eclesiástico ao largo de vinte séculos.
O julgamento de cada indivíduo decerto compete só a Deus, no entanto, a Igreja, instituição bimilenar, perita em humanidades (Populorum Progressio, n. 13), tem a obrigação impostergável de anunciar, em alto e em bom som, ou, dos telhados, conforme as escrituras sagradas (Lc 12, 3), o que ela entende como certo ou errado no campo da sexualidade humana.
Esse anúncio, corolário igualmente de um tirocínio de dois mil anos de enfrentamento das agruras que afligem o homem e a mulher, habilitam a Igreja a propor a moral sexual não só aos católicos e cristãos, mas a todas as pessoas de boa vontade.
Nada obstante, convém esclarecer um ponto importante: a Igreja, tal como seu divino fundador, Jesus Cristo, não “impõe” absolutamente nada a ninguém; apenas “propõe”, consoante escrevemos acima, um modus vivendi consentâneo com os valores cristãos.
Os ministros da Igreja devem agir de tal modo que as pessoas homossexuais confiadas aos seus cuidados não sejam desencaminhadas por estas opiniões, tão profundamente opostas ao ensino da Igreja. Contudo o risco é grande e existem muitos que procuram criar confusão quanto à posição da Igreja e aproveitar-se de tal confusão em favor de seus próprios objetivos. ("Carta sobre o atendimento pastoral às pessoas homossexuais”, n. 8).
Os bispos, sucessores dos apóstolos, tomam a sério a questão da homossexualidade, para “compreender com clareza em que sentido o fenômeno da homossexualidade, com suas dimensões múltiplas e seus efeitos sobre a sociedade e sobre a vida eclesial, é um problema que concerne propriamente à preocupação pastoral da Igreja” (“Carta...", n. 2). 
É de se deplorar firmemente que as pessoas homossexuais tenham sido e sejam ainda hoje objeto de expressões malévolas e de ações violentas. Semelhantes comportamentos merecem a condenação dos pastores da Igreja, onde quer que aconteçam. Eles revelam uma falta de respeito pelos outros que fere os princípios elementares sobre os quais se alicerça uma sadia convivência civil. A dignidade própria de cada pessoa deve ser respeitada sempre, nas palavras, nas ações e nas legislações.
Todavia, a necessária reação diante das injustiças cometidas contra as pessoas homossexuais não pode levar, de forma alguma, à afirmação de que a condição homossexual não seja desordenada. Quando tal afirmação é aceita e, por conseguinte, a atividade homossexual é considerada boa, ou quando se adota uma legislação civil para tutelar um comportamento ao qual ninguém pode reivindicar direito algum, nem a Igreja nem a sociedade em seu conjunto deveriam surpreender-se se depois também outras opiniões e práticas distorcidas ganham terreno e se aumentam os comportamentos irracionais e violentos. (“Carta...”, n. 10).
Ensina o catolicismo, que quando alguém “opta por manter um relacionamento sexual com uma pessoa do mesmo sexo equivale a anular o rico simbolismo e o significado, para não falar das finalidades, do desígnio do Criador em relação à realidade sexual.” (“Carta...”, n. 7). Com efeito, explicita a carta em exame: “(...) o relacionamento homossexual não expressa uma união complementar, capaz de transmitir a vida (...)” (“Carta...”, n. 7).
Pensando, agora, nos homossexuais católicos e cristãos, temos de perguntar: o que deve, então, fazer uma pessoa homossexual que procura seguir o Senhor? “Substancialmente é vocacionada a fazer a vontade de Deus em sua vida, unindo ao sacrifício da cruz do Senhor todo o sofrimento e dificuldade que possa experimentar em virtude de sua condição.” (“Carta...”, n. 12).
Tanto o heterossexual quanto o homossexual são chamados a viver a castidade.
A Igreja, obediente ao Senhor que a fundou e a enriqueceu com a dádiva da vida sacramental, celebra no sacramento do matrimónio o desígnio divino da união do homem e da mulher, união de amor e capaz de dar a vida. Somente na relação conjugal o uso da faculdade sexual pode ser moralmente reto.
Infelizmente, uma desavergonhada “teologia da prosperidade” ousou subtrair a cruz da religião cristã e, com isto, desfigurou o cristianismo. Mas, na essência, ser cristão, heterossexual ou homossexual, consiste também em carregar a cruz de cada dia, atendendo ao chamado de Jesus: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mc 8, 34).
Fontes: Catecismo da Igreja Católica, Código de Direito Canônico, Carta da Santa Sé aos Bispos da Igreja Católica sobre o Atendimento Pastoral das pessoas homossexuais, Textos Católicos diversos.