APRESENTAÇÃO

Prezados amigos e amigas,

Em primeiro lugar sejam muito bem-vindos ao nosso blog.

Essa nossa iniciativa tem por finalidade ser um canal de comunicação com todos aqueles que se interessarem e quiserem trocar idéias sobre diversos assuntos ligados à nossa querida Igreja Católica (sua doutrina, assuntos polêmicos, estudo e formação etc).
Vamos juntos alicerçar a nossa fé, naquele que é " O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Fiquem com a Paz de Jesus Cristo e o Amor de Nossa Senhora.

Um grande abraço a todos.

José Vicente Ucha Campos
Contato: jvucampos@gmail.com

domingo, 18 de julho de 2010

SINAL DA CRUZ

P: Qual o significado do Sinal da Cruz ?
R: “É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso” (Proclo de Constantinopla, bispo).


A primeira coisa que nossos pais católicos nos ensinam a fazer é osinal da Cruz. É uma das mais belas marcas de nossa religião; é o ato que inicia e termina nossas orações particulares ou coletivas. É um sinal externo que “nos volta para Deus”.

Sua referência é bíblica. Uma delas está no livro de Ezequiel (9,3-4): “O Senhor disse: Percorre a cidade, atravessa Jerusalém e marca na fronte os que se lamentaram afligidos pelas abominações que nela se cometem.”
A marca é um tau (T), última letra do alfabeto hebraico, que tinha a forma de uma cruz. Os marcados são propriedade do Senhor, uma porção sagrada e intocável. Em Apocalipse 7,3 temos outra cena semelhante: “Não causeis danos à terra nem ao mar nem às árvores, até que selemos a fronte dos servos do nosso Deus.” Em ambos os textos, a marca na fronte significava a salvação e sem ele o homem não seria poupado.
Tertuliano (†220) escrevia no ano 211 d. C.: “Nós marcamos nossa fronte com o sinal da cruz. Quando nos pomos a caminhar, quando saímos e entramos, quando nos vestimos, quando nos lavamos, quando iniciamos as refeições, quando nos vamos deitar, quando nos sentamos, nessas ocasiões e em todas as nossas demais atividades, persignamo-nos a testa com o sinal da Cruz” (De corona militis 3).
Fazer o sinal da cruz já era um hábito antigo quando escreveu isso.
Há muitos textos bíblicos, que louvam e exaltam a Cruz de Cristo:
Mt 10,38: “Aquele que não toma a sua cruz e me segue, não é digno de mim” (Cf.Mc 8,34; Lc 9,23; 14,27).
Mt 16,24: “Disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Gl 2,19: “Pela Lei morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado com Cristo.”
Gl 6,14: “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.”
Diz ainda Santo Hipólito de Roma (†235), descrevendo as práticas dos cristãos do século II: “Marcai com respeito as vossas cabeças com o sinal da Cruz. Este sinal da Paixão opõe-se ao diabo e protege contra o diabo, se á feito com fé, não por ostentação, mas em virtude da convicção de que á um escudo protetor. É um sinal como outrora foi o Cordeiro verdadeiro; ao fazer o sinal da Cruz na fronte e sobre os olhos, rechaçamos aquele que nos espreite para nos condenar” (Tradição dos Apóstolos 42).
São Paulo exalta a santa cruz: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas para os que se salvam, isto é para nós, é uma força divina.” (1 Cor 1,18)

O Sinal da Cruz bem feito é riquíssimo em significado. Por ele expressamos três verdades ou dogmas fundamentais da nossa fé: o Dogma da Santíssima Trindade, da Encarnação e da Morte de Jesus Cristo. Quando se diz: "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", você está proclamando o Mistério da Santíssima Trindade. Quando você leva à testa a mão direita aberta, dizendo: "em nome do Pai" e desce com a mão na vertical e toca na altura do estômago continuando: "e do Filho", você está indicando o mistério da Encarnação: o Filho de Deus desceu ao seio da Virgem Maria. Depois, levando a mão direita para o ombro esquerdo completando a cruz tocando o ombro direito, está indicando a morte de Jesus Cristo na cruz.


A cruz é formada de duas partes: uma vertical e outra horizontal. A vertical nos orienta para o céu: é o nosso amor para com Deus. A horizontal se volta para os que estão ao nosso lado: é o amor para com o próximo. Aquele que está mais perto de nós. Os dois amores se entrelaçam um no outro, como as duas hastes da cruz. Um não pode existir sem o outro. Não existe o pedestal da cruz sem os braços e nem os braços sem o pedestal. Os dois se completam. Assim acontece com o amor cristão. Não se pode amar a Deus sem amar o próximo e nem se pode amar o próximo sem o amor a Deus.                                              
Podemos e devemos fazer o sinal da cruz sempre que vamos rezar, conversar com Deus, pedir a sua proteção. Ao passar por uma igreja, ou outro lugar sagrado, podemos fazer o sinal da cruz, com respeito, e bem feito, para pedir a Deus a sua proteção. O importante é a intenção de rezar, “voltar-se para Deus”. O próprio Sinal da Cruz é uma oração. Importa que seja feito com devoção, e não como superstição.
Diante do Santíssimo Sacramento, pode-se fazer o sinal da cruz, mas não é obrigatório; e sim a genuflexão. Também não é necessário fazer o sinal da cruz ao receber a sagrada Comunhão, pois já o fizemos no início da celebração.
Nota: vale a pena lembrar que no dia 14 de setembro a Igreja celebra a festa da exaltação da santa cruz.
“… Até hoje a cruz é glorificada; com efeito, é a cruz que ainda hoje consagra os reis, adorna os padres,protege as virgens, dá força aos ascetas, reforça os elos dos esposos, dá ânimo às viúvas.É a cruz que fecunda a Igreja, ilumina os povos, guarda o deserto, abre o paraíso.”Proclo de Constantinopla, bispo (c. 390-446) – Sermão para o Domingo de Ramos.

Fonte: Prof. Felipe Aquino - CN 

P: Por que só os católicos fazem o Sinal da Cruz?
R: Lembro-me de uma das primeiras perguntas de um antigo catecismo para crianças: "Qual é o sinal do cristão? O sinal do cristão é a cruz".

Todas as instituições, hoje especialmente, têm um logotipo que representa sua imagem corporativa. Eu acho que os primeiros cristãos deveriam receber um prêmio como publicitários, por terem criado a cruz como logotipo de identidade corporativa da Igreja: é difícil encontrar uma imagem mais simples e mais "compreensiva", em intensidade e extensão, da visão, missão e valores da Igreja, do que a cruz.

Na simples cruz, estão condensados o passado, o presente e o futuro da instituição divina da Igreja, em favor dos homens. Ao mesmo tempo, a cruz representa a caminhada diária do cristão:

"Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz de cada dia e me siga" (cf. Lc 23).

Quando o cristão faz o sinal da cruz, ele não está praticando a magia, nem um exorcismo, como pensam alguns protestantes, mas está expressando, com um gesto simples, todo o ideal da sua vida, indicando que quer carregar a cruz de Cristo nesse dia, em sua cabeça, em seus lábios e em seu coração, com toda a sua alma e sua mente e, além disso, realizando um ato de fé na Trindade, pronunciando "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". 

É um sinal de respeito a Cristo, a Trindade e à sua Igreja, reconhecendo a Divindade de Jesus e todo o Seu poder, confirmando-O como o nosso único e verdadeiro Senhor!

Por tudo isso, muitas igrejas e lugares cristãos são presididos e coroados com a imagem da cruz ou de Cristo crucificado, querendo representar o momento culminante da história no qual a humanidade foi resgatada por Jesus para Deus Pai.

P: É correto usar a mão esquerda para fazer o sinal da cruz? Por quê?
R: “O cristão começa o seu dia, as suas orações, as suas atividades, pelo sinal da cruz ‘em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém’. O batizado consagra o dia à glória de Deus e apela para a graça do Salvador, que lhe permite agir no Espírito, como filho do Pai. O sinal da cruz fortalece-nos nas tentações e nas dificuldades” (Catecismo da Igreja Católica, 2157).


A primeira pessoa a fazer o sinal da cruz foi o próprio Jesus, que estendeu seus braços na cruz. E seus braços estendidos entre o céu e a terra traçaram o sinal indelével da Aliança.


Nos primeiros séculos, era costume fazer o sinal da cruz sobre a testa. Pouco a pouco, o costume se transformou no que conhecemos hoje: fazer uma grande cruz sobre nós mesmos, da testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito.

E por que os padres abençoam com a mão direita?

Porque os antigos ícones mostram Cristo ou os hierarcas da Igreja abençoando com a mão direita.

A direita nos recorda a alegria dos que foram salvos, dos que fazem a vontade de Deus, já que o Filho colocará as ovelhas fiéis à sua direita (Mt 25, 31).

Esta forma de fazer o sinal da cruz também tem um significado teológico profundo.
O sinal da cruz começa com a mão direita da cabeça até o peito, aceitando que nosso Senhor Jesus Cristo desceu do alto (isto é, do Pai) à terra pela sua santa Encarnação.

O sinal da cruz continua, partindo do lado esquerdo, onde está o coração, lugar no qual se guarda com amor o mistério pascal de Jesus (sua dolorosa Paixão e Morte), a dirigindo-se depois ao lado direito, recordando que Jesus está sentado à direita do Pai pela sua gloriosa Ascensão. Ou seja, a cruz termina na glória celestial.

A Igreja sempre considerou o lado direito como preponderante. É por isso que, para traçar o sinal da cruz, usa-se também a mão direita.

Ao incensar o altar, também se começa sempre pelo lado direito.

Nosso Senhor nos diz que, entre outras coisas, a caridade também se faz com a mão direita: “Quando você der esmola, que sua mão esquerda não saiba o que fez a direita” (Mt 6, 3).

Mas é importante fazer o sinal da cruz de maneira especial?

Sim. Nós não temos nenhuma autoridade para mudar, negar ou criticar, segundo nossa maneira de pensar, a tradição cristã que é observada hoje e que começou há muitos séculos.

Precisamos levar em consideração que, no âmbito da vida social, há protocolos que têm de ser respeitados, mesmo quando ainda não conhecemos sua origem ou significado. Quando se cumprimenta alguém, dá-se a mão direita, não a esquerda, por exemplo.

As regras de boas maneiras na sociedade não são meras formalidades, mas expressam respeito e cordialidade. Quando, em nome da espontaneidade, as pessoas deixam de lado as boas maneiras, podem acabar se tornando até brutas, ásperas, toscas.

Na vida de piedade acontece a mesma coisa. A mão direita é considerada mais “digna” e por isso a usamos.

Assim, por exemplo, o padre dá a comunhão com a mão direita, ainda que seja canhoto. Não é proibido nem pecado que se dê a comunhão com a esquerda, mas é uma questão de boa educação litúrgica, bem como um detalhe de amor a Jesus.

De qualquer maneira, é bom conservar detalhes que têm um significado e, se fazemos por amor, valem ainda mais. Não se trata de formalismos vazios. Nossa fé dá sentido a estes gestos.

Utilizar a mão direita para as ações litúrgicas e/ou religiosas nunca pode ser ofensivo para os canhotos. De fato, os bispos e sacerdotes canhotos também fazem o sinal da cruz e dão bênçãos com a mão direita.

Evidentemente, utilizar a direita, mais que uma questão de fé, é uma convenção, que busca expressar uma maior dignidade no que se faz – daí que signifique um maior respeito e, portanto, mais amor também.

Na liturgia, a elegância também é uma virtude e, se os gestos são feitos com amor, seu significado e mérito serão maiores.

Valorizar a cruz

Quando entendemos o que a cruz implicou para Jesus a favor nosso, quando recordamos que na cruz Jesus nos amou até o extremo, e se nosso pequeno gesto do sinal da cruz é consciente, estaremos continuamente reorientando nossa vida em boa direção, pois carregar a cruz é o que Jesus pede para segui-lo.

Todo gesto simbólico pode nos ajudar a entrar em comunhão com aquilo que o gesto significa, e isso é o mais importante.
Por: Henry Vargas Houguin

sexta-feira, 16 de julho de 2010

SUPERSTIÇÃO

P: Você é uma pessoa supersticiosa ?
R: Se sim, preste muita atenção na matéria a seguir.


SUPERSTIÇÃO, conforme diz o Catecismo da Igreja Católica - CIC (2111), é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias. Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição (39).

Diz ainda o CIC (2110): O primeiro mandamento proíbe honrar outros deuses, além do único Senhor que Se revelou ao seu povo: e proíbe a superstição e a irreligião. A superstição representa, de certo modo, um excesso perverso de religião; a irreligião é um vício oposto por defeito à virtude da religião.
No item 2117, o CIC nos diz que  todas as práticas de magia ou de feitiçaria, pelas quais se pretende domesticar os poderes ocultos para os pôr ao seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – ainda que seja para lhe obter a saúde – são gravemente contrárias à virtude de religião. Tais práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas da intenção de fazer mal a outrem ou quando recorrem à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível.

Enfim, todas as vezes que alguém tem um desvio do sentimento religioso e passa a dar valor e poder sobrenatural a coisas, objetos, ritos e práticas obscuras, está deixando de lado Deus, o único e verdadeiro ser sobrenatural que tem poder para saber o que vai acontecer conosco e com nossas vidas, além de ser o mais poderoso ser que sempre existiu e que pode nos proteger de qualquer mal que nos possa afligir.

Assim práticas de superstição, não são aceitas pela igreja católica, sejam quais forem elas, tais como:

USO DE AMULETOS:

Trevo de quatro folhas
ferraduras
olho grego
pé de coelho
elefante de costas para a porta da casa
figas
e outros.

Nada disso pode proteger ninguém de coisa alguma. São meras ilusões criadas por quem normalmente quer levar alguma vantagem comercial da fraqueza espiritual das pessoas. Só Deus e os seus anjos, enviados por ele, podem nos proteger do mal. O resto, é enganação e superstição barata, pois nada é maior ou mais poderoso que o Deus único e verdadeiro.

MEDOS SUPERSTICIOSOS:

Da mesma forma, o medo que certas pessoas têm de algumas situações corriqueiras, por acharem que possam trazer algum mal pra elas ou causar alguma coisa ruim, também é rejeitado pela Igreja Católica, tais como:

medo de gato preto
medo de passar debaixo de escadas
medo de sair na sexta-feira 13
achar que a quebra de espelhos dá 7 anos de azar
medo do número 13

É tudo superstição barata, pois nada disso pode fazer mal a ninguém, a não ser o próprio medo criado dentro das pessoas, por elas mesmas, poderá deixá-las abatidas, temerosas e até deprimidas.

E, cadê a confiança em Deus? 

E, o pior, é que existem católicos, que frequentam a missa aos domingos e acreditam nessas bobagens. Está faltando formação e aprofundamento na doutrina e nas Sagradas Escrituras.

Sem contar ainda, aqueles católicos que aos domingos frequentam a missa, todos fervorosos e quando chega a virada do ano, vão para a praia para pular 7 ondas na entrada do Ano Novo e só passam o Ano Novo vestidos de branco para dar sorte no ano que está começando.

É..., estão precisando verificar direitinho que religião eles querem seguir, se a de Jesus Cristo, que é o Senhor de tudo e o Todo Poderoso, ou as seitas espíritas, como o candomblé. 

Mas, vale ressaltar, que não dá pra seguir as duas, pois são incompatíveis. Ou se é cristão verdadeiro ou se segue o candomblé.

A adoração, a idolatria, a superstição, o uso de amuletos e diversas práticas e comportamentos supersticiosos, vão de encontro ao que o próprio Jesus nos falou, quando resumiu os deveres do homem para com Deus nestas palavras:

«Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente» (Mt22, 37) (1). Elas são um eco imediato do apelo solene: «Escuta, Israel: o Senhor nosso Deus é o único» (Dt 6, 4).

Deus foi o primeiro a amar. O amor do Deus único é lembrado na primeira das «dez palavras». Em seguida, os mandamentos explicitam a resposta de amor que o homem é chamado a dar ao seu Deus.

«Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, dessa casa da escravidão. Não terás outros deuses perante Mim. Não farás de ti nenhuma imagem esculpida, nem figura que existe lá no alto do céu ou cá em baixo, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas nem lhes prestarás culto (Ex 20, 2-5) (2).


Está escrito: "Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto" (Mt 4, 10).

Por: José Vicente Ucha Canpos

quinta-feira, 15 de julho de 2010

TATUAGEM

P: É pecado fazer tatuagem ?
R:
Devemos lembrar sempre que qualquer marca que se queira fazer em nosso corpo, é uma alteração de como fomos criados.
Daí devemos nos perguntar:
Por que eu quero fazer uma tatuagem? É para parecer diferente? É uma forma de protesto, de revolta? É por pensar que eu faço o que quero e ninguém tem nada com isso? É para ficar na moda? É para lembrar de alguém? Etc.
Em cima disto, eu pergunto:
Você está disposto a lidar com as consequências de uma marca em seu corpo, para toda a vida? E se você enjoar dela? E se a moda passar? Ou se o motivo pelo qual você a fez não existir mais? E se, de repente, ela lhe trouxer más recordações?
Acho que você deveria pensar no conselho nos dados pelas Sagradas Escrituras, na primeira carta de São Pedro, cap.3, versículos 3 e 4 (1Pd 3,3-4): “Não seja o vosso adorno o que aparece externamente: cabelos trançados, ornamentos de ouro, vestidos elegantes; mas tende aquele ornato interior e oculto do coração, a pureza incorruptível de um espírito suave e pacífico, o que é tão precioso aos olhos de Deus”.
No A.T., existem diversas passagens que condenam a tatuagem, tais como em Lv 19,28: “Não fareis incisões na vossa carne por um morto, nem fareis figura alguma no vosso corpo. Eu sou o Senhor”. Isso acontecia porque os povos com os quais os israelitas conviviam, usavam a tatuagem como uma forma de adoração aos falsos deuses, ou para afastar os espíritos maus.
Dessa forma o cristão católico deve pensar muito antes de fazer uma tatuagem em seu corpo, lembrando sempre que o nosso corpo é TEMPLO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, conforme podemos ver em 1 Cor 6, 19-20: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo”.
Acho, queridos amigos e amigas, que temos coisas muito mais importantes para pensar e fazer em nossas vidas. Mas, se você ainda está na dúvida, procure um sacerdote e faça uma orientação espiritual com ele. Isso o ajudará muito.
No mais, reze a Deus e ao Espírito Santo para dar-lhe discernimento e sabedoria para enfrentar as tentações e dificuldades que aparecem em suas vidas. Que Deus os abençoe!

sábado, 10 de julho de 2010

TEMPOS LITÚRGICOS

P: Quais são os Tempos Litúrgicos da Igreja Católica?
R: São Cinco: Advento, Natal, Quaresma, Páscoa (incluído o Tríduo Pascal) e Comum.


Da necessidade de se organizar as comemorações religiosas, foi estabelecido um calendário de datas a serem seguidas, que ficou sendo denominado de “Ano Litúrgico” ou “Calendário Litúrgico”.
O Ano Civil começa em 1º de Janeiro e termina em 31 de Dezembro. Já o Ano Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico está dividido em “Tempos Litúrgicos”, como veremos a seguir.
Antes, porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente peloSacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados, eles passam a ser denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.
Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia do Senhor), a Igreja celebra o Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.
Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio, com mais ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o mais conhecido. No entanto, para todos os ritos litúrgicos é idêntico o significado do Ano litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos litúrgicos e das principais festas litúrgicas.
A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma seqüência de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são divididas em ano A, B e C. No ano A lêem-se as leituras do Evangelho de São Mateus; no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.
Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete de ano a ano. Deste modo, os católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda a Bíblia.
O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido:
  1. Ciclo da Páscoa
  2. Ciclo do Natal
  3. Tempo comum
  4. Ciclo santoral
Este Ano litúrgico da Igreja tem leituras bíblicas apropriadas para as comemorações de cada santo em particular, perfazendo um total de 161 comemorações. Destas, apenas 10 têm leituras próprias. Aí também estão as 15 solenidades e 25 festas, com leituras obrigatórias, as 64 memórias obrigatórias e 94 memórias facultativas, com leituras opcionais. O Calendário apresenta também 44 leituras referentes à ressurreição de Jesus Cristo, além de diversas leituras para os SantosDoutores da IgrejaMártires, Virgens, Pastores e Nossa Senhora.

TEMPOS LITÚRGICOS:
Os tempos litúrgicos existem em toda a Igreja Católica. Há apenas algumas diferenças entre os vários ritos, nomeadamente em relação à duração de cada um e à data e importância de determinadas festividades. A descrição que se segue corresponde ao Rito romano.

TEMPO DO ADVENTO
O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos. Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e termina no dia 24 de Dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada.

TEMPO DO NATAL
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé, alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem. O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois da festa da aparição divina, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são celebradas as festas da Sagrada Família, de Maria, mãe de Jesus e do Batismo de Jesus.

TEMPO DA QUARESMA
O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, caridade e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura quarenta dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, as imagens ficam veladas com tecidos roxos, com exceção da cruz, que só é velada na Semana Santa, não devem ser usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina no Domingo de Ramos.

TRÍDUO PASCAL
O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de “Ação ou Ato Litúrgico”.
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer acto litúrgico, permanecendo em contemplação de Jesus morto e sepultado.
Na noite de Sábado Santo, já pertencente ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal. Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.

TEMPO PASCAL
A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinqüenta dias entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda, como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.

TEMPO COMUM
Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente aos domingos. É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino. O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz do mundo.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da Virgem Maria e dos Santos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

TERÇO MARIANO

P: Como devemos rezar o terço?
R:
Não existe outro caminho da oração cristã, senão Cristo.
Seja a nossa oração comunitária ou pessoal, vocal ou interior, ela só tem acesso ao Pai se orarmos “em nome” de Jesus. A Santa Humanidade de Jesus, é, portanto, o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus, nosso Pai. (CIC2664)
Desta forma a oração do Terço, deve ser feita à Jesus Cristo, por meio de Maria, Nossa Mãezinha. Daí, devemos ter muito cuidado ao rezarmos o terço, para que não o façamos meramente como um momento de repetição descompromissada de Ave-Marias. Se assim o fizermos, estaremos caindo na oração multiplicativa de palavras, condenada por Jesus Cristo.
Para aqueles que rezam o terço dessa forma, provavelmente estão esquecendo que o substancial do terço é a meditação ou contemplação dos mistérios de Cristo. Portanto evitemos a mera e simples repetição de Ave-Marias. É por causa dessa prática, que muitas pessoas quando rezam o terço, sentem uma grande monotonia, que as afastam desse grande momento que nos possibilita estarmos mais perto de Deus e de sua Mãe, Nossa Senhora.
O Terço era originalmente a terça parte do Santo Rosário, que atualmente compreende a meditação dos vinte mistérios da Fé Católica, divididos em quatro grupos de cinco mistérios – denominados ainda como Terço - e nos leva diariamente ao estudo e meditação profunda da Palavra Sagrada da Bíblia e das passagens mais importantes do Evangelho.
Aos mistérios originais, recentemente o Papa João Paulo II instituiu novas meditações, sendo que os mistérios do Santo Rosário são agora, os: Gozosos, Dolorosos, Gloriosos e os Mistérios de Luz.
Rezar o Terço diariamente nos fortalece na fé em Deus, Jesus, Espírito Santo e na Santa Virgem Maria, sempre tão presente em nossas vidas.
A Santa Igreja sempre nos ensinou que o Terço é uma oração completa, pois abrange a oração vocal, a meditação e a contemplação dos mistérios de Deus.
Nossa Senhora, nossa Mãe, em todas as ocasiões em que se dignou aparecer aos seus mais humildes filhos (La Salette, Lourdes, Fátima) sempre insistiu para que rezássemos todos os dias o santo Terço.
Se é verdade que algumas pessoas encontram certa dificuldade em rezá-lo, também é certo que aquelas que conseguiram vencer estas dificuldades testemunham da riqueza de graças que descobriram ao passar a rezá-lo com freqüência. Nada mais saudável para as famílias do que reunir os filhos em torno da imagem de Nossa Senhora para dirigir a Ela nossas súplicas, no meio de tantas necessidades e perigos.
Por isso, queridos amigos e amigas, vamos lutar para que a partir de agora, aqueles que ainda não tem esse hábito saudável e de grande piedade, passem a rezar diariamente o terço em suas casas, e se possível, com toda a família. Só assim, como a nossa própria Mãezinha nos diz, conseguiremos a tão esperada e almejada, paz no mundo e nas famílias.